segunda-feira, 20 de agosto de 2012

"Viana do Castelo, Cidade Anti-Touradas Sempre" por PróTouro

Em memória dos touros torturados hoje (ontem) em Viana do Castelo



"Os torturadores e abusadores de animais deste país, conseguiram hoje (ontem), manchar de sangue uma cidade isenta dessa bárbarie.

Tudo o que aconteceu e que levou a que esta gentalha conseguisse os seus espúrios intentos, só nos prova uma coisa, este país está a saque, já se vendeu aos grandes grupos económicos, e agora vendeu-se a um grupo altamente suspeito que nada em dinheiro e compra tudo e todos. Quem é esta gente, em que círculos é que se movem?

Perguntamos e temos o direito a uma resposta. Já não estamos a falar de um grupelho de aficionados, esta gente é mais do que isso, têm interesses poderosos por trás. Algo cheira muito mal em todo este processo e os cidadãos deste país têm o direito de saber quem são estas pessoas que só se movem por dinheiro. De onde é que vem esse dinheiro?

Pagam polícias para fazerem segurança, pagam helicópteros ou avionetas para captarem imagens aéreas da praça de touros instalada em terrenos da rede Natura 2000!
Não tenhamos a menor dúvida de que esta gente tem muito dinheiro, porque o que investiram para organizar esta tourada, é muito mais do que o que vão lucrar com ela.
Esta gente é perigosa, conseguiu impôr a uma cidade os seus ditames em nome de um falso direito cultural.
Apelidam-nos de terroristas! Quem é que são os terroristas neste caso? "

Prótouro
Pelos touros em liberdade

Fonte: http://protouro.wordpress.com/2012/08/19/viana-do-castelo-cidade-anti-touradas-sempre/

"E eu a vê-los passar" - Opinião - DN

"E eu a vê-los passar" - Opinião - DN

"Havia um anúncio de que muitos portugueses acima dos 40 anos se lembram: promovia um carro que se distinguia por ser extremamente económico. Pelo menos, assim o dizia o fabricante. No spot aparecia um funcionário de uma área de serviço a lamentar-se: "E eu a vê-los passar..." O carro já passou à história, embora precisemos de modelos poupadinhos, nestes tempos de aumentos semanais do preço dos combustíveis, como acontece hoje. A frase ficou. O slogan era tão bom que resistiu ao tempo. E porque, em boa medida, até retratava um Portugal que se senta calmamente a ver os acontecimentos que passam à sua frente.

Ontem, cavaleiros, toureiros e público passaram à frente da polícia a caminho de uma praça de touros móvel onde ia realizar-se uma corrida. Os elementos fardados estavam ali para fazer cumprir uma decisão do tribunal, não necessariamente a lei. Era ou não legal realizar-se uma tourada em Viana do Castelo? Chamada a decidir, a Justiça deu cinco dias aos organizadores para se pronunciarem. Depois decide. Quando o fizer, já o recinto terá sido desmontado e terá partido para longe.

É a política do "E eu a vê-los passar...". A mesma que se segue na costa portuguesa, onde radares velhos foram desativados e os novos estão por montar e ligar. Os traficantes agradecem, enquanto descarregam fardos de droga nas nossas praias. "E eu a vê-los passar..." Nem o anúncio que funcionou tão bem para vender o carro conseguiria vender um país assim."

Fonte: http://www.dn.pt/inicio/opiniao/editorial.aspx?content_id=2727079&page=1

sábado, 18 de agosto de 2012

Tourada este domingo em Viana do Castelo

Tourada este domingo em Viana do Castelo

Uma vitória ou uma derrota para a causa abolicionista ?

Contributos para uma reflexão

A ilegalidade que vai acontecer este domingo em Viana do Castelo com a realização duma tourada na Freguesia da Areosa em terrenos ecológica e agricolamente protegidos como reserva natural, (REN e RAN), contra a decisão do Município que a proibiu e que definiu Viana do Castelo no inicio de 2009 como cidade Anti-touradas, e sem sequer serem consultadas as entidades que superintendem estes espaços protegidos (a CCDR-N e a Entidade Regional da Reserva Agrícola Nacional) deve merecer de parte de todos os abolicionistas da tauromaquia uma reflexão profunda e madura sobre se estamos perante mais uma derrota neste percurso para a abolição das touradas em Portugal e no mundo, ou se pelo contrário estamos perante mais uma vitória a juntar a tantas outras que se somam quase diariamente por esse mundo fora.

Como tenho estado muito perto e por dentro dos desenvolvimentos de todo este processo desde que o Juiz do Tribunal Administrativo e Fiscal de Braga decretou que autoriza a Prótoiro a montar o recinto nos terrenos da Areosa, gostava de partilhar algumas reflexões com todos vós.

Em primeiro lugar é muito significativo que o Senhor Presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo, Eng.º José Maria Costa, logo a quando o pedido de licenciamento da corrida de touros o tenha indeferido liminarmente e afirmado que Viana do Castelo é desde Fevereiro de 2009 uma Cidade Anti-touradas e que portanto este tipo de espectáculos não são autorizados na cidade.

Surpreendentemente, o Juiz do Tribunal Administrativo e Fiscal de Braga, considerando a tourada uma manifestação cultural idêntica à música e ao teatro, e de que ninguém pode ser privado, decretou que se autorize a instalação do recinto nos terrenos ecologicamente protegidos solicitados pela Prótoiro, na Freguesia da Areosa.

A partir daqui a Prótoiro entendeu que tinha realmente feito uma grande conquista e embandeirou em arco esta possibilidade. E ai estarão eles no domingo a massacrar mais meia dúzia de bichos inocentes para gaudio de uns quantos adeptos da violência e do sangue.

Os abolicionistas, profundamente revoltados perante este acto, primeiro porque é completamente ilegal, segundo porque é uma afronta à vontade da população e da edilidade, terceiro porque surge como resultado de manobras com contornos extremamente esquisitos e estranhos, quarto porque faz parte da natureza intrínseca da sua consciência rejeitarem o sofrimento alheio seja ele qual for, mas pior ainda quando exercido sobre seres inocentes, acossados, num jogo injusto de onde saem sempre derrotados, decidiram convocar diversos protestos a horas diferentes, em locais diferentes de Viana e com motes diferentes.

Bem hajam !

Mas a pergunta fundamental é esta “Estamos perante uma derrota da causa, um passo atrás no processo abolicionista em Portugal, com esta tourada numa cidade onde desde 2008 não havia nenhuma ? Ou poderá este processo ser considerado uma mais vitória a juntar às que quase diariamente se registam por esse mundo fora, como dizia acima ?”

Antes de mais, refira-se que nestes protestos irão estar presentes juntamente com os abolicionistas, o actual Presidente da Camara de Viana do Castelo, Eng.º José Maria Costa, no Jardim da Marina, bem como o seu antecessor e autor da declaração de Viana como Cidade Anti-Touradas, Dr. Defensor Moura. Isto é extremamente significativo e confirma a postura e a declaração feita em 2009 pelo autarca de então: Viana do Castelo é e continuará a ser uma cidade Anti-Touradas apesar da tourada de domingo na Areosa, a qual deve ser entendida como um acto isolado e descabido.

Não há dúvidas que com todo este processo Viana se afirmou ainda com mais força como Cidade Anti-Touradas no país e no mundo, e isto constitui uma grande vitória para esta causa.
A única cidade que até há pouco tínhamos como bandeira da causa abolicionista em Portugal está agora mais forte que nunca na sua posição e irá tomar todas as medidas para que um acto como este nunca mais volte a acontecer dentro do perímetro do concelho de Viana.

A juntar a esta, outra grande vitória é o facto de que antes tínhamos um autarca abolicionista convicto, o Dr. Defensor Moura, e agora duplicámos o número e temos dois, pois todos temos até ficado agradavelmente surpreendidos com as diversas declarações de grande convicção feitas pelo Eng.º José Maria Costa ao longo desta semana sobre a sua (e de Viana) oposição à tauromaquia.

E não só afirmou a posição de Viana, que era orgulhosamente a única cidade anti-touradas em Portugal até há pouco, como agora o Senhor Presidente da Camara de Viana fez a proposta de que seja criada uma Associação de Municípios Anti-touradas em Portugal que englobe todos os municípios que não se revém nesta prática caduca, e que querem abraçar o progresso civilizacional que está a acontecer por esse mundo fora e no nosso país também.

Além disso, com todo este processo, e pelos melhores motivos, Viana do Castelo está neste momento nas bocas do mundo e a Autarquia está a receber diariamente centenas de cartas de apoio e de felicitações vindas do mundo inteiro pela sua firme convicção de ser e permanecer uma cidade anti-touradas.

Por outro lado, a cobertura mediática que esta causa tem tido ao longo desta semana e nos próximos dias tem sido enorme, e isso tem um valor imenso e deve ser também registado como um facto altamente positivo para a causa abolicionista.

E com toda essa cobertura mediática, e com tudo o que se tem falado e escrito sobre Viana do Castelo, sem dúvida que o número de pessoas sensíveis ao quão nefastas são as touradas aumentou significativamente ao longo deste dias e nos dias que se vão seguir com todo este processo de Viana do Castelo. Ou seja, o número de abolicionistas é agora muito maior com este processo da tourada este domingo em Viana do Castelo.

Por outro lado ainda, e este facto é da maior importância, gerou-se entre os abolicionistas e as diversas organizações que lutam por esta causa um forte espírito de união e de conjugação de esforços que é notável e que deve ser nutrido e fortalecido por todos.

Sem dúvida que esta lista de aspectos positivos resultantes deste processo de Viana podia ainda continuar por aqui abaixo com muitíssimas mais coisas que já conquistámos ao longo destes dias e que jamais retrocederão no processo de evolução civilizacional em que Portugal está também envolvido.

Mas ainda assim, e apesar de todos estes pontos altamente positivos e vitoriosos para a causa abolicionista poderíamos dizer.
Sim, mas a tourada vai fazer-se à mesma. Há 6 touros que vão ser massacrados, há cavalos que vão sofrer, e mais uma vez Viana vai ter uma tourada depois de não haver nenhuma desde 2008.
Sim, sem dúvida. Isso vai acontecer.
E isso não é mau? Pode perguntar-se.
Sim, claro que é, e a mim dói-me profundamente que estes animais sejam brutalizados este domingo na Areosa e que haja conterrâneos meus que aplaudam essa brutalização. Isso é gravíssimo e muito triste.

Mas ainda assim acho que devemos ter uma perspectiva de longo prazo.
Estamos todos a lutar pacificamente numa guerra difícil e complexa em que por vezes se perdem batalhas e por vezes se tem de recuar.
Barrancos, aqui há uns anos, foi também uma batalha perdida. E que longa batalha foi a de Barrancos, ao longo de todos aqueles anos !
Mas neste momento estou absolutamente convicto de que a nossa causa e todos nós saímos muito mais fortes e coesos, e que se estão a dar passos muito sólidos e significativos para a inevitável vitória que será a abolição de todas as touradas no nosso país.

Temos no entanto ainda um grande desafio pela frente. E acho que deve ser essa a nossa principal preocupação neste momento.
Temos de continuar a unir a nossa causa abolicionista. Temos de nos unir cada vez mais em redor do nosso objectivo comum, pois só assim teremos a força para acabar com a tauromaquia neste país.
Quanto mais sentirmos que estamos todos no mesmo barco, que queremos todos os mesmos objectivos; e quanto mais unidos e solidários formos uns com os outros em todos os momentos, mais fortes seremos e mais longe podemos chegar na promoção dos nossos ideais.

Haverá diferenças e divergências de opinião ? Sim sem dúvida.
Isso é extremamente saudável e deve ser bem-vindo.
Com maturidade e abertura devemos saber acolher as diferenças de forma, de estilo, de preferências, de prioridades, etc., pois temos algo muito forte que nos une; algo único que nos distingue e identifica, e algo que nos deve orgulhar a todos e a todas que é o de queremos ver o fim do sofrimento animal no nosso país e de que os animais possam também ter o direito a viver uma existência livre de sofrimento e maus-tratos de acordo com a sua natureza.
Este é um valor muito nobre, muito belo e deve ser altamente aplaudido e enaltecido por todos e por todas.

Bem hajam abolicionistas !

Autarca que criou Viana “anti-touradas” afirma que tribunal “desautorizou” câmara - Local - PUBLICO.PT

Autarca que criou Viana “anti-touradas” afirma que tribunal “desautorizou” câmara - Local - PUBLICO.PT

Em declarações à agência Lusa, o ex-presidente da câmara, que fez aprovar em 2009, apenas com os votos favoráveis do PS, a declaração de cidade “anti-touradas” admitiu que “já se esperava que, mais tarde ou mais cedo, a indústria tauromáquica investisse sobre Viana”.

“Foi este ano que o poderoso lóbi das touradas apareceu, com o propósito de esmagar exemplarmente a vontade da cidade que simbolicamente se ergueu contra a barbárie”, aponta Moura, que concorreu à Presidência da República em 2011.

Segundo Defensor Moura, desde 2008 - data em que se realizou a última tourada na cidade - “ninguém sentiu a falta da tourada” em Viana do Castelo, que “viveu tranquilamente a sua festa maior sem acolher no seu seio o bárbaro espectáculo”.

Comunicado enviado para a Câmara Municipal de Viana do Castelo



sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Toureiros protestam contra referendo sobre proibir as touradas no Equador

Matadores fizeram ato em frente à arena Monumental, em Quito. Eles temem ficar sem emprego.

Toureiros protestam em frente à arena Monumental, em Quito, capital do Equador, nesta sexta-feira (21). O protesto ocorre porque o governo do presidente Rafael Correa propôs um referendo para decidir se as touradas vão ser banidas do país. Os toureiros temem ficar sem emprego. (Foto: Reuters)
 
Fonte: Do G1, com Reuters
 
O nosso desejo é que as Touradas sejam abolidas no Equador e em todos os países onde esta brutal e sádica crueldade contra os animais ainda existe.
Escusado será portanto dizer que não estamos solidários com estes individuos que concerteza poderão encontrar um trabalho digno e de utilidade social que não o maltrato de seres inocentes.
Os nossos parabéns e o nosso apoio a todos os nossos companheiros que no Equador estão a lutar por uma sociedade melhor e sem maltrato animal.
A Vitória está mais perto!

domingo, 9 de janeiro de 2011

Livro de Estilo da TV pública espanhola relaciona touradas com “violência contra animais”

Canal público não emite touradas desde 2006
A RTVE, rádio e Tv públicas de Espanha, já não emitia touradas. O argumento era poupar as crianças ao conteúdo que considerava violento. E porque é caro cobrir uma corrida. Mas agora incluiu no seu Livro de Estilo a tourada como uma actividade que pratica a “violência com animais”, diz o diário espanhol “El Mundo”.
No início de Dezembro o Partido Popular espanhol tinha pedido no parlamento espanhol que se votasse para que a RTVE emitisse de novo tauromaquia. O PP pedia 10 corridas por temporada. A sugestão foi derrotada por 19 votos a favor e 21 contra, com os votos contra do PSOE e CiU, a coligação de direita moderada da Catalunha, região onde foram abolidas as touradas no Verão passado.

De acordo com a RTVE - que inclui a rádio pública, apesar da medida apenas se aplicar à TV – as corridas são normalmente em horários que se entendem como horários de protecção dos públicos sensíveis, como as crianças. Mas entende o valor deste tipo de espectáculo para o país em termos socio-culturais e compromete-se a dar informação sobre o assunto na rádio e TV, nomeadamente aspectos artísticos, literários, ambientais e sociais relacionados com o tema.

O Livro de Estilo inclui ainda uma recomendação onde refere que aspectos ligados a caça e morte de animais para alimentação devem ser tratados com cuidado evitando mostrar o sofrimento e o sacrifício dos animais”.

Fonte: Jornal Público

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Açores II : Entra em acção - Touradas não devem ser património imaterial da humanidade

NÃO ÀS TOURADAS COMO PATRIMÓNIO IMATERIAL DA HUMANIDADE

A Câmara Municipal de Angra do Heroísmo candidatou a Festa Brava da Terceira como Património Imaterial da Humanidade. Se não está de acordo, proteste enviando o texto abaixo, ou um original, para os seguintes endereços:
bpi@unesco.org
cnu@unesco.pt
manuela.galhardo@unesco.p
drac.info@azores.gov.pt
bcc: acoresmelhores@gmail.com

Exma Senhora Irina Bokova, Directora Geral da UNESCO
Exmo Senhor Sr. Fernando Andresen Guimarães, Presidente da Comissão Nacional da UNESCO
Ex.ma. Sra. Manuela Galhardo, Secretária Executiva da Comissão Nacional da UNESCO
Exmo. Sr. Jorge Augusto Paulus Bruno, Director Regional da Cultura

Entre 21 e 23 de Outubro de 2010, na ilha Terceira (Açores), decorreu um denominado Congresso Mundial de Ganadeiros de Toiros de Lide. No evento, foram feitos vários apelos para a legalização, nos Açores, de touradas picadas, bem como foi anunciada, pela Presidente da Câmara Municipal de Angra do Heroísmo, a candidatura à UNESCO da Festa Brava da Terceira como Património Imaterial da Humanidade.

Considerando que as touradas para além de não criarem riqueza e de desconceituarem os Açores aos olhos da maioria dos povos do mundo;

Considerando que as touradas em nada contribuem para educar os cidadãos e cidadãs para o respeito aos animais, para além de causarem sofrimento aos mesmos e porem em risco a vida das pessoas;

Eu abaixo-assinado, apelo à UNESCO para que recuse a inscrição da Festa Brava da Terceira como Património Imaterial da Humanidade, o que a acontecer seria um apoio a todos os que naquela ilha pretendem incrementar os maus tratos, através da legalização da sorte de varas e dos touros de morte, e constituiria um autêntico retrocesso civilizacional.

Outubro de 2010

Nome
Local
BI ou Cartão do Cidadão
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Blogs: http://poisaleva.blogspot.com/
http://terralivreacores.blogspot.com/

Açores: Mariana Baldaya sobre Sorte de Varas - A Insistência sobre o incremento da tortura continua



Governo Regional precisa abandonar preconceitos

Mariana Baldaya, da ganadaria Rego-Botelho, defende que o Governo Regional se deve "despir de preconceitos" e avançar com a legalização da sorte de varas, "fundamental em todo o processo de afirmação da Terceira" no circuito da tauromaquia.

Na opinião de Mariana Baldaya, a Região "não deve andar a reboque das obsoletas e hipócritas leis da República".

Na sua intervenção subordinada ao tema "Os Açores entre dois continentes taurinos", aproveitou ainda para rejeitar "o lamentável exemplo da Catalunha", que determinou a proibição de touradas a partir de 2012.

Do ponto de vista de Mariana Baldaya é preciso também vontade para avançar para a real valorização do turismo taurino. "Estamos situados entre a Europa e a América, dois continentes com tradições taurinas, temos paisagens belíssimas, gente hospitaleira e uma cidade classificada como Património Mundial da Humanidade. Numa altura em que andam todos como loucos à procura de nichos de mercado para valorizar a nossa incipiente indústria hoteleira, não será correcto ignorar esta vertente", justifica.

Mariana Baldaya defende também a necessidade de todas as instituições ligadas, directa e indirectamente, à tauromaquia na ilha Terceira falarem a uma só voz no sentido do desenvolvimento de um real projeto de valorização da festa brava na ilha.

DI, 22 de Outubro de 2010

Fonte: http://acoresmelhoressemmaltratosanimais.blogspot.com/

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Carta Aberta do Prof. Paulo Borges aos Portugueses e ao Dr. Moita Flores sobre a sua petição “Em defesa da festa brava”

Terça, 21 Setembro 2010 16:40

Chamo-me Paulo Borges. Sou professor na Universidade de Lisboa e escritor. Dirijo a revista Cultura ENTRE Culturas. Tenho dois filhos. Sou o primeiro signatário da Petição “Pela abolição das touradas e de todos os espectáculos com touros”, que circula na net e em versão impressa. A petição, lançada pelo Partido pelos Animais e pela Natureza (PAN), serviu de base à constituição da plataforma “Basta de Touradas”, que conta já com a adesão de 24 associações e entidades de defesa dos animais e com vários apoios de figuras públicas, nacionais e internacionais.

O Dr. Moita Flores, figura pública e actual presidente da Câmara de Santarém, lançou uma petição contra a nossa, redigida em termos que considero deveras preocupantes, vindos de uma pessoa com a sua responsabilidade cultural, cívica, social e política. Sei que se sente ameaçado pelo movimento de defesa dos animais, mas isso não justifica tudo.
No texto da sua petição chama hipócritas, histéricos, angustiados, “talibãs” e “horda de analfabetos” a todos os que são contra as touradas. Diz que chegou à idade “onde já não há paciência para ser insultado”, quando ninguém o insultou. Pelos vistos chegou à idade onde só tem paciência para insultar os seus concidadãos. Para insultar os milhões de portugueses que, por serem contra o sofrimento dos animais e contra a degradação dos homens que se divertem com isso, são considerados psicopatas, terroristas e incultos.

Fui amigo do Professor Agostinho da Silva, sou editor das suas obras e presido à Associação com o seu nome. Aprendi com ele e com muitos outros – desde São Francisco de Assis, Leonardo da Vinci e Antero de Quental a Gandhi, Peter Singer e ao XIV Dalai Lama - a defender a causa do bem de homens e animais e recordo que Agostinho da Silva dizia haver dois tipos de “analfabetos”: os que não sabem ler e os que sabem, mas não conseguem entender o que lêem. Creio que o Dr. Moita Flores se arrisca a ser suspeito de um terceiro caso, ainda mais grave: não conseguir sequer entender o que escreve. Pergunto-lhe quem dos opositores às touradas comete atentados bombistas ou pretende impor as suas ideias pelo terror e pela violência. Pergunto-lhe porque é que ser contra o sofrimento de touros e cavalos e contra a degradação dos homens que com isso se divertem é ser “analfabeto”. Sou autor de 22 livros (de poesia, ensaio, ficção e teatro) e sou professor na Universidade de Lisboa há 22 anos: os portugueses ficam a saber, pela superior inteligência do Dr. Moita Flores, que a dita Universidade contratou um “talibã” e um “analfabeto” que anda a converter ao terrorismo e à incultura os milhares de alunos que o têm tido como professor. E eu, que tive a felicidade de crescer numa família onde se desligava a televisão mal começava a dar uma tourada, fico a saber que os meus avós, o meu pai, a minha mãe, a minha irmã, o meu cunhado, a minha mulher, os meus filhos e amigos, eram e são todos "talibãs" e "analfabetos".

Não gosto de falar de mim, mas tenho de o fazer pela causa que defendo e porque isto é gravíssimo, vindo de um criminologista, de uma figura pública e de um supremo responsável político camarário. O Dr. Moita Flores insulta desavergonhadamente a maioria da população portuguesa que, como o indica um estudo recente (2007) do ISCTE, é contra as touradas. Segundo a brilhante dedução deste senhor, Portugal tem assim, a par da crise económica, mais um problema grave: a maioria da sua população é composta de desequilibrados mentais, “talibãs” e “analfabetos”.

A solução para este estado de coisas seria, segundo fica implícito no espírito da sua petição, irmos todos curar-nos, reabilitar-nos e cultivar-nos, com as nossas famílias, filhos e netos, para essas vanguardas da alta cultura que são as praças de touros, onde se descobre o sentido da vida e da existência, e se aprende a amar os animais e a natureza, aplaudindo num êxtase de alegria o espectáculo da dor e do sangue.

Desprezemos as artes, as letras e as ciências, deixemos as escolas, abandonemos as universidades, onde segundo Moita Flores ensinam “talibãs” e “analfabetos”, e vamos todos atingir a maioridade cívica, mental e cultural a gritar “Olé!” nas touradas.

Agora sem ironia: o seu texto, Dr. Moita Flores, de uma retórica literária completamente desprovida de coerência racional e apenas cheia de arrogância e insultos a quem não pensa como o senhor, confrange pela desonestidade e/ou confusão mental de que dá mostras. Pois não sabe o senhor que os defensores dos animais são contra todas as formas do seu sofrimento, incluindo essas que refere, e não apenas contra as touradas? Diz que se converteu ao franciscanismo e que São Francisco de Assis lhe ensinou o “caminho ético e moral” para educar os seus filhos e eu pergunto: já alguma vez leu as biografias de São Francisco, onde por exemplo se diz que “Chamava irmãos a todos os animais […]” (Tomás de Celano, Vida Segunda, CXXIV, 165) e se compadecia perante os sofrimentos que os homens lhes infligiam? E porque é que o “touro bravo” é uma “fera negra, símbolo da morte e do medo”? Não serão antes o toureiro e todos os aficionados que aplaudem o espectáculo da dor que são temíveis e negros símbolos – embora muitas vezes inconscientes - do pior que a humanidade traz em si? Fala do ritual trágico onde “vence a vida ou vence a morte” e eu pergunto se a evolução dos costumes não nos oferece outras formas, mais nobres, de fazer a catarse das paixões e vencer o medo, sem fazer sofrer ninguém? Não há hoje formas superiores de heroísmo, como dedicar-se às grandes causas de defesa dos homens, dos animais e da natureza? Não é isso mais benéfico, útil e urgente do que a religião cruel das touradas, anacrónica persistência dos arcaicos sacrifícios sangrentos? E não é uma grosseira mistificação identificar os opositores das touradas com a cultura urbana, quando há quem deteste touradas em todos os pontos do país, incluindo no Ribatejo e no Alentejo? Para já não falar da sua patusca ideia de que nós defendemos a “ditadura do ‘hamburger' urbano” (!?...) e de que é pelas touradas que se defendem os “Direitos do Homem”, dos animais e da “Terra”… Sinceramente, Dr. Moita Flores, o que há de lógico e sério nisto? Defendem-se os animais criando-os para os torturar? O touro bravo tem de ser torturado numa arena para continuar a existir e com ele os montados? Fala por fim da identidade nacional, da preservação da memória histórica de Portugal: triste identidade e triste país que depende de manter tradições eticamente inadmissíveis para subsistir! Pois eu digo-lhe: Portugal será muito mais motivo de orgulho para os portugueses, e muito mais respeitado internacionalmente, quando, após ser pioneiro na abolição da pena de morte, abolir as touradas e todas as formas de sofrimento animal. Portugal não desaparecerá, mas será um outro Portugal, que manterá na sua riquíssima tradição e cultura tudo o que for ético, relegando para os museus do passado a não repetir tudo o que hoje nos envergonha, como autos-de-fé, esclavagismo, perseguições político-religiosas e touradas.

Esta carta dirige-se a si, mas sobretudo a todos os Portugueses. Leiam-se as duas petições, o espírito, a argumentação e os objectivos de uma e outra, e vejamos o que queremos de melhor para o país, para nós e para as futuras gerações: aplaudir como cultura a tortura dos animais para divertimento dos homens, com prejuízo da sua humanidade e sensibilidade ética, ou dar um passo corajoso para abolir esta e todas as formas de fazer sofrer os animais, nossos companheiros na aventura da existência, em prol do seu bem e da nossa evolução pessoal e colectiva.

E vejamos quem queremos ter como representantes. É muito grave que num Estado de direito as forças policiais não sejam capazes de ou não queiram fazer cumprir a lei, como no recente caso da morte do touro em Monsaraz. Como é muito grave que uma figura como o Dr. Moita Flores desrespeite e insulte impunemente os seus concidadãos que, por imperativo de consciência, não pensam como ele. Está na hora de dizer “Basta!”: às touradas, a todas as formas de infligir sofrimento a homens e animais e a uma geração de políticos que coloca os seus duvidosos gostos pessoais, bem como os interesses de grupos minoritários, acima da sensibilidade maioritária da população. Está na hora de surgir uma nova geração, com um novo paradigma, que traga a ética para a política e assuma numa mesma bandeira a defesa dos homens, dos animais e da natureza.

Está na Hora! Basta!


Paulo Borges
Lisboa, 21 de Setembro de 2010

Fonte: PAN

domingo, 17 de outubro de 2010

Dinheiros Públicos patrocinam Touradas!

Em tempo de crise um milhão de Euros para promover a Tauromaquia.

O MATP - Movimento Anti-Touradas de Portugal, denuncia agora e em tempo oportuno aquilo que sempre criticamos: O uso dos nossos impostos para patrocinar um espectáculo degradante em que o homem maltrata cruelmente os animais. 

A comunicação social, vem denunciando ao longo das ultimas semanas o dinheiro mal gasto por diversos organismos públicos, sem no entanto referir que só no ano de 2009 pelo menos cerca de 1.000 000 (um milhão) de Euros foram gastos, dos cofres do érario publico, em espectáculos tauromáquicos, por meio de contratos de ajuste directo.  

Num Portugal em que a crise está para ficar, onde há fome e o desemprego aumenta diáriamente, continuam alguns a gastar dinheiros públicos sem quaisquer escrúpulos, para o gáudio de um público sedento de ver sangue, tortura e morte de animais.

A Câmara Municipal de Elvas gastou mais de 75.000 Euros, dos quais 65.600 Euros para a aquisição de uma Praça de Touros desmontável para Vila Fernando, também o Município de Portel gastou 74.600 Euros para a compra de uma Praça de Touros amovível, no Alandroal o município gastou 40.000 Euros no aluguer de touros e contratação de Cavaleiros tauromáquicos, dos 92.000 Euros gastos na Azambuja mais de 76.000 foram gastos na aquisição de bilhetes para duas corridas de touros.

Mas os piores exemplos são os de Angra do Heroísmo, que através da Culturangra EEM gastou mais de 275.000 Euros em touradas, a maioria deste dinheiro nas Sanjoaninas de 2009 e da Câmara Municipal de Santarém que só na aquisição de bilhetes para oferta para Touradas e Espectáculos Tauromáquicos dispendeu 168,000 Euros!

Estas ou outras autarquias também gastaram milhares de euros em cada um dos seguintes casos: Na aquisição de ar condicionado para um núcleo tauromáquico, na compra de livros de toureiros, em contratação de touradas, nos cartazes para anunciar as corridas de touros.

A lista poderia continuar num sem fim de casos de outros eventos que directa ou indirectamente serviram para promover o maltrato animal.

É caso para dizer Basta! Não chega que a maioria da população portuguesa condene as touradas? Até mesmo aqueles que são indiferentes não o podem ser quando um País em crise tem indivíduos que fazem mau uso do dinheiro que lhes é atribuido pelo Estado e todos somos penalizados.

Não queremos que o nosso dinheiro seja manchado de sangue inocente. Assim, vem o MATP - Movimento Anti-Touradas de Portugal, solicitar ao Governo que seja posto um fim a este tipo de situações, solicitando a imediata revisão do Código dos Contratos Públicos (CCP) por forma a impedir a subvenção da Tauromaquia, seja por ajuste direto, como nos casos referidos acima, ou por concurso público.

Porto, 17 de Outubro de 2010
MATP – Movimento Anti- Touradas de Portugal




Não quero ser cúmplice!
Basta de Touradas, com os meus impostos não!
Quero Assinar a Petição contra touradas.

Senado espanhol rejeita moção para proteger as touradas!

MADRID, 7 Out 2010 (AFP)

O Senado da Espanha rejeitou uma moção apresentada pelo Partido Popular (PP), principal partido de oposição, para proteger as touradas no país, após a proibição regional aprovada na Catalunha.

A moção apresentada pelo porta-voz do PP no Senado, Pio García-Escudero, pretendia transformar as touradas em um "bem de interesse cultural com caráter etnográfico".

Também pretendia iniciar as gestões para tentar incluir as touradas na lista do "patrimônio cultural internacional" da Unesco.

Mas o texto foi rejeitado por 129 votos contrários e 117 favoráveis.

O voto dos deputados socialistas, ligados ao chefe de Governo José Luis Rodríguez Zapatero, foi fundamental para a rejeição do texto.

domingo, 5 de setembro de 2010

Petição contra a tauromaquia e todos os espectáculos com touros

Caros Amigos,

Na sequência da vitória na Catalunha, também em Portugal o PPA - Partido Pelos Animais, juntamente com o apoio do MATP - Movimento Anti-Touradas de Portugal e outras organizações nacionais e internacionais lançou uma campanha pela abolição das touradas e de todos os espectáculos com touros: www.bastadetouradas.com , estando disponível uma petição para acabar de vez com tais espectáculos.

Apelamos a todos que assinem a referida petição em: http://www.peticaopublica.com/?pi=010BASTA


Candidato Presidencial Dr. Defensor Moura contra touradas

Assumindo-se como o candidato presidencial "que é amigo dos animais", Dr. Defensor Moura quer "sensibilizar a opinião pública portuguesa contra as touradas", argumentando que "o sofrimento público de animais é perfeitamente inadequado".
"Creio que começa a haver uma sensibilização grande para que se avance nesse sentido. Terá de haver um consenso alargado para se conseguir obter esse objectivo. Mas pode haver objectivos parcelares e cada um à sua vol- ta pode fazer o que pode e sabe. Fi-lo como presidente de câmara, como deputado também vou tentar intervir", afirmou .
Relembramos que foi durante o seu mandato como Presidente da Câmara que Vana do Castelo se tornou a a primeira cidade portuguesa anti-touradas.



Visite o Site Oficial da candidatura: http://www.defensormoura.com/

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Proíbição das Touradas - Votação no Parlamento da Catalunha - O Vídeo Histórico!

Espanha: Catalunha proíbe as Touradas!

El Parlament de Catalunya aprueba gracias al voto de CiU prohibir las corridas de toros a partir de 2012

El Parlamento de Catalunya en una ajustada votación ha aprobado hoy por 68 votos favorables, 55 votaciones en contra y 9 abstenciones la prohibición de las corridas de toros en esta comunidad a partir de 2012, siguiendo una Iniciativa Legislativa Popular. El voto de los 48 diputados de CiU y los 37 del PSC ha sido decisivo, una vez que sus respectivas direcciones les han dado libertad de voto, para decantar finalmente la balanza a favor de las tesis animalistas, respaldadas por ERC e ICV y rechazadas por PP y C's.

Sobre las espaldas de los 135 diputados del Parlament ha recaído esta polémica decisión de enviar la fiesta de los toros al baúl de los recuerdos. Catalunya se convierte así en la segunda comunidad española en vetar estos festejos, tras Canarias, en 1991.
La votación de hoy ha cerrado un proceso que se inició el 11 de noviembre de 2008 cuando la Mesa de la Cámara catalana admitió a trámite una iniciativa que pedía la prohibición de las corridas de toros en Catalunya.
La plataforma ciudadana 'Prou!' (¡Basta!) recogió 180.000 firmas -las necesarias eran 50.000- y consiguió que comenzara un proceso de tramitación que tras pasar por diferentes etapas ha culminado hoy en el pleno del Parlament.
El debate, que se ha iniciado a las 10:00 horas, ha servido para demostrar de nuevo la falta de acercamiento que se ha producido en el proceso de tramitación de la iniciativa, en el que pocos diputados parecen haber cambiado de opinión. Y ello a pesar de la comparecencia en el Parlament de una treintena de defensores y detractores de las corridas.
Después de seis meses de acalorados debates entre abolicionistas y defensores de la tauromaquia, de enconadas discusiones sobre si las corridas son un arte o simple tortura, de menciones a la catalanidad de los toros (su primera expresión data del siglo XIV), el proceso parlamentario ha llegado hoy a su fin envuelto en una gran expectación mediática y una creciente polémica política.
La decisión tomada por los diputados catalanes ya ha trascendido el mundo de los ruedos y desde algunos sectores políticos y mediáticos que han vinculado la prohibición con el clima de desencuentro entre Catalunya y España tras la sentencia del Tribunal Constitucional sobre el Estatut.
La expectación sin precedentes que ha generado esta votación ha sido enorme tanto en medios españoles como internacionales, cuyos corresponsales se han arremolinado en la entrada de la cámara catalana para intentar pulsar las últimas opiniones de los taurinos y los abolicionistas.
La prohibición de las corridas inquieta a la dirección del PSOE, que en los últimos días ha transmitido su preocupación al PSC, e inquieta al president de la Genaralitat, José Montilla, que, tras confirmar que ha votado en contra porque "cree en la libertad", ha dicho que hubiese preferido un debate "más tranquilo".
Fonte: La Vanguardia.es

terça-feira, 27 de julho de 2010

Guimarães: Festas Gualterianas sem corrida de touros

A retirada da corrida de touros do programa das Festas Gualterianas, de 30 de Julho a 2 de Agosto, em Guimarães,é a principal novidade da edição deste ano que contará com um orçamento mais reduzido. A marcha luminosa continua a ser o ponto alto.

“Fomos sensíveis aos apelos dos defensores dos direitos dos animais e decidimos extinguir do programa a corrida de touros”, anunciou, ontem, Francisca Abreu, vereadora da cultura do município vimaranense. Esta ideia foi corroborada por António Magalhães. O presidente da Câmara Municipal acrescentou haver “sinais claros dos munícipes” que vão de encontro a esta extinção embora admita que algumas franjas da população contestem a não realização do espectáculo tauromáquico.

De referir que no passado chegaram a realizar-se em Guimarães manifestações de protesto contra as touradas, evento que, na cidade, apenas tinha tradição no programa das Gualterianas com a instalação provisória de uma Praça de Touros.
Fonte: Carlos Rui Abreu / JN




Felicite a C. M. Guimarães por excluir as corridas de touros das Festas Gualterianas


Escreva o seguinte texto em: http://www.cm-guimaraes.pt/PageGen.aspx?WMCM_PaginaId=16589,
Ou envie por e-mail: geral@cm-guimaraes.pt, assembleiamun@cm-guimaraes.pt Cc: geral@guimaraesdigital.com

Ex.mo Senhor
Dr. António Magalhães da Silva
Presidente da Câmara Municipal de Guimarães

Ex.ma Senhora
Dr.a Francisca Abreu
Vereadora da Educação e Cultura da Câmara Municipal de Guimarães

Venho por este meio felicitar a Câmara Municipal de Guimarães pela decisão de retirar as corridas de touros da programação das Festas Gualterianas.
A cidade de Guimarães possui um património histórico e arqueológico riquíssimo que, aliado a uma oferta cultural dinâmica e de reconhecido interesse para todo o país, realçam ainda mais o carácter anacrónico das touradas.
Desta forma, considero que o Município de Guimarães se coloca na linha da frente da modernidade no que toca ao respeito pelos animais e dou os meus parabéns ao Executivo por ter dado este passo tão importante no sentido de alcançarmos uma sociedade mais ética e evoluída.

Com os melhores cumprimentos,
[Nome]
[Cidade / País]
[E-mail]

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Política & entretenimento

"O CDS não tem posição oficial sobre as touradas (...) Mas sempre que quiserem atacar as touradas, o CDS defende-as", afirmou Paulo Portas no final de uma tourada promovida pelo CDS nas Caldas da Rainha. Não sendo a defesa das touradas "posição oficial" do CDS, o facto de o partido de Portas defender o edificante espectáculo "sempre que quiserem atacá-lo" só pode ser por espírito de contradição, donde é quase certo que, se aparecer alguém a defender as touradas, o CDS as ataque (algo a modos do que Portas tem ultimamente feito com o Estado Social, defendendo-o quando o PSD o ataca e atacando-o quando o PS o defende). Durante a tourada centrista, democrática e social, foram dedicadas a Portas algumas das pegas, "os ferros que espetavam os touros eram erguidos pelos cavaleiros com a bandeira" do CDS e, no intervalo, "Portas foi à arena cumprimentar cavaleiros, forcados e peões de brega". No entanto, Portas diz que "não confunde política com entretenimento". Uma bandeira ensanguentada do CDS flutuando nos ferros cravados no corpo de um animal será, para Portas, "política" ou será "entretenimento"?

Fonte: JN

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Mexico contra as touradas

AMEDEA y MEXICO ANTITAURINO tienen el agrado de comunicarles que hoy inauguramos un anuncio espectacular más en contra de las corridas de toros.

El mismo está ubicado sobre Pacífico y División del Norte con dirección sur en la C. de México. El mensaje es el siguiente:
"El hombre ha hecho de la Tierra un infierno para los animales"-Arthur Schopenhauer
¡BASTA DE CORRIDAS!

Agradecemos el apoyo de todas las personas que hacen posible que nuestra campaña a favor de la vida siga adelante!
http://www.amedea.org.mx/
http://www.mexicoantitaurino.org/

Parlamentares propõem fim de touradas na França

De Agencia EFE – 8 de Jun de 2010

Paris, 8 jun (EFE).- As deputadas da Assembleia Nacional francesa Geneviève Gaillard e Muriel Marland-Militello apresentarão à Assembleia Nacional (Câmara Baixa) um projeto de lei para proibir as touradas na França.
Esta proposição pretende abolir "as únicas exceções" que não estão criminalizadas no país em relação à crueldade com os animais, ou seja, as touradas e as brigas de galos, indicaram as parlamentares em comunicado.
Gaillard, do Partido Socialista, e Marland-Militello, da União por um Movimento Popular (UMP, o partido do presidente Nicolas Sarkozy), respectivamente presidente e vice-presidente do grupo de estudo parlamentar sobre a proteção dos animais, apresentarão nesta quarta-feira o projeto à imprensa, em Paris.

A proposta de lei foi elaborada de maneira coletiva pelo grupo de estudo e se soma à iniciativa legislativa que as duas deputadas apresentaram nesta mesma linha em 2004.

O projeto reivindica a supressão do parágrafo 7 do artigo 521-1 do Código Penal francês, que autoriza as touradas e as brigas de galos em lugares determinados, "uma exceção total ao resto de nossa legislação sobre a proteção animal", denunciaram.
Para as deputadas, "os combates sangrentos de outra era provocam inúmeros problemas", entre eles "o sofrimento animal", assim como os valores que se transmitem à sociedade.
Ambas lembraram no comunicado que três quartos dos franceses se opõem às touradas e, por isso, "é urgente ouvir esta maioria popular silenciosa".

Após Espanha e América Latina, a França é um dos países com maior tradição de touradas, especialmente no sul do país, em cidades como Nimes, Arles, Carcassonne e no País Basco francês.

http://www.google.com/hostednews/epa/article/ALeqM5hFh_1-qHEh_8125ru2jcXgxQC91w

Fonte: EFE

José Saramago

No 2º volume dos « Cadernos de Lanzarote», José Saramago reproduz um artigo que publicou na revista Cambio 16. Transcrevemos dois trechos:
«O touro entra na praça. Entra sempre, creio. Este veio em alegre correria, como se, vendo aberta uma porta para a luz, para o sol, acreditasse que o devolviam à liberdade. Animal tonto, ingénuo, ignorante também, inocência irremediável, não sabe que não sairá vivo deste anel infernal que aplaudirá, gritará, assobiará durante duas horas, sem descanso. O touro atravessa a correr a praça, olha os “tendidos” sem perceber o que acontece ali, volta para trás, interroga os ares, enfim arranca na direcção de um vulto que lhe acena com um capote, em dois segundos acha-se do outro lado, era uma ilusão, julgava investir contra algo sólido que merecia a sua força, e não era mais do que uma nuvem. Em verdade, que mundo vê o touro?» (…)
«O touro vai morrer. Dele se espera que tenha força suficiente, brandura, suavidade, para merecer o título de nobre. Que invista com lealdade, que obedeça ao jogo do matador, que renuncie à brutalidade, que saia da vida tão puro como nela entrou, tão puro como viveu, casto de espírito como o está de corpo, pois virgem irá morrer. Terei medo pelo toureiro quando ele se expuser sem defesa diante das armas da besta. Só mais tarde perceberei que o touro, a partir de um certo momento, embora continue vivo, já não existe, entrou num sonho que é só seu, entre a vida e a morte»

José Saramago (Prémio Nobel da Literatura 1998)

terça-feira, 11 de maio de 2010

Papa Bento XVI, A Igreja e os direitos dos animais

O Papa Bento XVI falou emocionadamente sobre a exploração de todos os seres vivos, em especial os animais que vivem nas quintas. Ao ser questionado, em 2002, sobre os direitos dos animais numa entrevista, o então Cardeal Joseph Ratzinger afirmou: “Este é um assunto muito sério. De todos os pontos de vista, podemos ver que eles foram postos sob nossos cuidados, que simplesmente não podemos fazer o que queremos com eles. Os animais também são criaturas de Deus... Certamente, certos tipos de usos industriais das criaturas, como quando os gansos são alimentados de tal maneira a produzir um fígado tão grande quanto possível, ou quando as galinhas vivem tão apertadas que se transformam em caricaturas de aves, esta degradação de criaturas viventes que as converte em coisas me parece que contradiz a relação de reciprocidade que vemos na Bíblia”.



 
A 1 de Novembro de 1567, o Papa Pio V publicou a bula “De salute gregis dominici”, ainda em vigor: “(…) Nós, considerando que estes espectáculos que incluem touros e feras no circo ou na praça pública não tem nada a ver com a piedade e a caridade cristã, e querendo abolir estes vergonhosos e sangrentos espetáculos, não de homens, mas do demônio, e tendo em conta a salvação das almas na medida das nossas possibilidades com a ajuda de Deus, proibimos terminantemente por esta nossa constituição (…) a celebração destes espetáculos (…)

Fonte: “Bullarum Diplomatum et Privilegiorum Sanctorum Romanorum Pontificum Taurinensis editio”, tomo VII, Augustae Taurinorum, 1862, pág. 630-631.

PROIBIÇAO DE TOURADAS EM HONRA DE DEUS E DOS SANTOS
(Conc. Trid., Sessão 25, Cap. o 1, «De venerat. Sanctorum») CAP. o 8

O espectáculo das touradas é indigno de ser visto pelos cristãos e não difere muito daquele desumano costume dos pagãos de combater contra as feras, com erro do povo ignorante. Sucede julgar-se este género de espectáculos como exibição em honra de Deus, da bem-aventurada Virgem Maria Mãe de Deus e dos santos -de tal maneira que se chega ao ponto de alguns fazerem promessas de realizarem touradas! O Santo Concílio aconselha os Ordinários que ensinem ao Povo a si confiado, que com espectáculos desta natureza, mais se ofende a Deus do que se Lhe presta culto. Essas horas que se destinam a distrair os olhos com um vão e inútil prazer, são subtraídas ao culto devido a Deus, levando muitos fiéis a afastarem-se do sacrifício da missa que aqui e ali deixam de assistir ao ofício vespertino.

Por isso ordena-se aos juízes das confrarias que não comprem toiros com as rendas e esmolas das mesmas. Se assim fizerem, além da restituição no dobro, sejam multados de acordo com a decisão dos Ordinários. Se algumas promessas com o pretexto de oferecer touradas, foram feitas, estabelece o Santo Concílio que as declarem nulas, proibindo também que outras promessas do género se façam.

Proíbe-se aos clérigos, quaisquer que sejam as ordens sacras que tenham recebido, ou aos prebendados, quaisquer que sejam os benefícios que tenham obtido -sob pena de cinco cruzados de ouro, aplicáveis em benefício do meirinho, e, em parte, em obras pias, proíbe-se, repete-se, que assistam a tais espectáculos.

Aos alcaides das cidades e das vilas, exorta-os o Santo Concílio que se abstenham de semelhantes espectáculos, a fim de que não desviem das coisas da Igreja e dos ofícios divinos as almas dos povos a cujo governo presidem.

Fonte: "O IV Concílio Provincial Bracarense e D. Frei Bartolomeu dos Mártires" do Prof. Dr. José Cardoso. Edição APPACDM - 1994

Porém, é caricato que em pleno século XXI se continue com a realização de touradas a pretexto de Festas religiosas ou em honra de Santos, com a cumplicidade de clérigos, alguns certamente equivocados e que em nada dignificam a imagem da Religião Católica.


D. Manuel Martins: Um Bispo contra as Touradas


Cabe aqui referir a importante posição de  D. Manuel Martins (Bispo de Emérito de Setúbal), quando gentilmente recebeu uma delegação do MATP - Movimento Anti-Touradas de Portugal e lhe questionamos se gostava de touradas: "Não gosto, nunca gostei. Brincar barbaramente com um animal, como na tourada, acho que é uma agressão à Ecologia, ao equilíbrio da natureza."

Fonte: MATP - Movimento Anti-Touradas de Portugal

sábado, 17 de abril de 2010

Espanha (Galiza): Dodro terceiro município contra as Touradas

A cidade de Dodro (Corunha) tornou-se a terceira cidade da Galiza, depois de Cangas e Vedra, que exprime a oposição à tourada. Fê-lo na sexta-feira apos o apoio dos socialistas a uma iniciativa  apresentada pelo BNG (Bloco Nacionalista Galego).


A pequena cidade de Dodro (Corunha) tornou-se a terceira cidade da Galiza, depois de Cangas e Vedra, a exprimir a sua oposição à tourada. Fê-lo na sexta-feira passada com a aprovação dos Socialistas e do Bloco Nacionalista Galego ambos os grupos que formam governo de coligação e teem seis vereadores. Os cinco deputados do PP abstiveram-se.
O município de  Dodro faz fronteira com Padron, onde são realizadas touradas na Semana Santa. Isto, diz a vereadora nacionalista Vitoria Rei, ajuda a explicar o movimento do BNG.
Para o Bloco, não só a tourada não tem tradição na área, como são contra "qualquer celebração envolvendo o abuso de animais." "Apesar de sermos um município pequeno, temos o direito de expressar a nossa opinião sobre temas universais", acrescenta.
O texto da iniciativa, votado no passado dia 26 dias, cita dados da consultora Investiga segundo os quais a Galiza é o território espanhol com menos gosto por touradas e onde mais pessoas, 86% da população se declara contrário ás Touradas. As resoluções aprovadas com o apoio do PSdeG e a abstenção dos Populares, incluem a proibição de publicidade em Dodro "qualquer espectáculo que possa causar a morte ou a dor dos animais" e a declaração de proibição das touradas pelo Município.

Contra a tortura Animal nas Garraiadas Académicas!

Proteste contra a utilização de animais na 23ª edição da Semana Académica da Universidade dos Açores

Envie um mail para: aaua@uac.pt , dscar@uac.pt, presidencia@azores.gov.pt e uma cópia para acoresmelhores@gmail.com


Exmo. Senhor Presidente da Associação Académica da Universidade dos Açores
(Com Conhecimento ao Presidente do Governo dos Açores e ao Reitor da Universidade dos Açores)

Foi com alguma surpresa que tomei conhecimento que a Associação Académica da Universidade dos Açores, com o apoio de dinheiros públicos (Câmara Municipal de Ponta Delgada e Governo Regional dos Açores) vai promover uma “garraiada com três vacas bravas e um novilho provenientes da Terceira”


Atendendo a tal actividade nada tem a ver com a cultura do povo micaelense, constituir um desrespeito pela Declaração Universal dos Direitos do Animal que reconhece a necessidade de se respeitar o bem-estar e natureza dos animais não humanos e constituir um mau uso dos dinheiros públicos numa altura em que são conhecidas as dificuldades orçamentais da Universidade dos Açores e tanto os Açores como o resto do território nacional, está a atravessar uma crise económica e social que se traduz no número crescente de desempregados e na dificuldade por que passam as pequenas e médias empresas, venho manifestar o meu repúdio pela integração da garraiada na Semana Académica que só pode ser entendida como parte da investida, em São Miguel, por parte de alguns aficionados terceirenses que pretendem popularizar as touradas com o fim único de introduzir nos Açores as touradas picadas e os touros de morte.

Aproveito para declarar o meu compromisso de tudo fazer para denunciar, a nível nacional e internacional, o mau uso dado aos dinheiros públicos para a manutenção de uma indústria decadente que vive do sofrimento dos animais.

Com os melhores cumprimentos,

(Nome)

(Localidade)


Fontes: http://poisaleva.blogspot.com/
            http://terralivreacores.blogspot.com/

O que pensa um toiro na arena?

Em Portugal as touradas continuam a atrair milhares. Há quem aprecie e quem abomine. Interessava saber o que pensam os toiros disto tudo. Mas infelizmente a voz do toiro nunca poderá ser escutada.

"O que é que este senhor quer? Anda por aqui a passear-se no cavalo armado em bom e volta e meio vem espetar-me um ferro no lombo. Deve pensar que isto é um restaurante de rodízio à brasileira. Ó amigo isto aqui não é o Gauchão e eu não sou o prato do dia. Seja lá homem e desça daí, vamos tomar um copo e conversamos sobre o assunto..."


"Acho piada quando os aficionados dizem que amam os toiros. Estranha forma de amar. Porque é que não vais fazer isto aos perdigueiros que tens lá em casa? Cria-los, ama-los muito, e depois um dia leva-los até ao Campo Pequeno, convidas os teus amigos e passam a tarde a espetar-lhe ferros nas costas. Pois mas isso já não porque se trata de animais de estimação e tal. E é crime ainda por cima. A velha e gasta teoria de alguns de que podemos maltratar os animais desde que eles sejam criados para o efeito. Alguns até dizem que se não fosse as touradas os toiros bravos já nem existiam. Pois se o homem não existisse a estupidez também não mas assim torna-se difícil e temos de lidar com ela. E não sabia que o senhor Charles Darwin era criador de toiros"

"E são tão paternalistas...este toiro é muito nobre e tem personalidade e mais não sei o quê...deixa-me cá mas é atravessá-lo com uma espada e cortar-lhe uma orelha como fazem as tribos da amazónia que ainda vivem com uma parra a tapar as partes"

" E o homem da corneta? O que é aquilo? Não há por aí nenhuma alma caridosa que lhe pague o conservatório? Ou um sniper da Mossad com o ouvido mais sensível? Se me querem matar ao menos ponham Chopin ou Verdi"

"Pronto já cá faltava o grupinho de meninos armados em rebeldes enfiados em roupa de tamanho 2 números abaixo. E este da frente não se cala com o "é toiro, é toiro" Querias que fosse o quê? Uma perdiz? O que queres tu afinal? Um happy meal? Eu por tenho cara de funcionário do Macdonalds? Já viste algum a raspar com as patas no chão enquanto tira um Sundae de chocolate? E já agora não achas que já comias menos meu badocha? Aposto que há na plateia quem tenha dúvidas de que lado da arena é que está o touro. Eu peso 500 quilos mas tu também deves andar lá perto. Uma consulta no nutricionista e larga o porco preto que qualquer dia só enrolado num cortinado..."

As touradas continuam a fazer parte do quotidiano português. O espectáculo bárbaro de espetar farpas de vários tamanhos num animal parece agradar a muitos à boa maneira de Júlio César, que há quem diga que foi primeiro a lembrar-se de um "entretenimento" do género com o uso de toiros, entre outros igualmente grotescos. O Imperador Cláudio pôs em prática sacrificando-os na Arena. As tradições acabam. E as más devem ser eliminadas. Quando o homem não consegue ou quer o tempo encarregar-se-á de o fazer. Até lá sofre o toiro.

Em Portugal o Marquês de Pombal acabou com os toiros de morte e chegou a proibir as touradas aquando da morte de um nobre (homem entenda-se) na arena. Retomou-se a "tradição" algum tempo mais tarde. Infelizmente.

Fazer sofrer propositadamente uma animal até à sua morte para regozijo de meia dúzia não devia ser permitido em parte alguma. Muito menos num país civilizado.

Fonte: Tiago Mesquita (http://aeiou.expresso.pt/100refens)