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A 1 de Novembro de 1567, o Papa Pio V publicou a bula “De salute gregis dominici”, ainda em vigor: “(…) Nós, considerando que estes espectáculos que incluem touros e feras no circo ou na praça pública não tem nada a ver com a piedade e a caridade cristã, e querendo abolir estes vergonhosos e sangrentos espetáculos, não de homens, mas do demônio, e tendo em conta a salvação das almas na medida das nossas possibilidades com a ajuda de Deus, proibimos terminantemente por esta nossa constituição (…) a celebração destes espetáculos (…)”
Fonte: “Bullarum Diplomatum et Privilegiorum Sanctorum Romanorum Pontificum Taurinensis editio”, tomo VII, Augustae Taurinorum, 1862, pág. 630-631.
Fonte: “Bullarum Diplomatum et Privilegiorum Sanctorum Romanorum Pontificum Taurinensis editio”, tomo VII, Augustae Taurinorum, 1862, pág. 630-631.
PROIBIÇAO DE TOURADAS EM HONRA DE DEUS E DOS SANTOS
(Conc. Trid., Sessão 25, Cap. o 1, «De venerat. Sanctorum») CAP. o 8 O espectáculo das touradas é indigno de ser visto pelos cristãos e não difere muito daquele desumano costume dos pagãos de combater contra as feras, com erro do povo ignorante. Sucede julgar-se este género de espectáculos como exibição em honra de Deus, da bem-aventurada Virgem Maria Mãe de Deus e dos santos -de tal maneira que se chega ao ponto de alguns fazerem promessas de realizarem touradas! O Santo Concílio aconselha os Ordinários que ensinem ao Povo a si confiado, que com espectáculos desta natureza, mais se ofende a Deus do que se Lhe presta culto. Essas horas que se destinam a distrair os olhos com um vão e inútil prazer, são subtraídas ao culto devido a Deus, levando muitos fiéis a afastarem-se do sacrifício da missa que aqui e ali deixam de assistir ao ofício vespertino.
Por isso ordena-se aos juízes das confrarias que não comprem toiros com as rendas e esmolas das mesmas. Se assim fizerem, além da restituição no dobro, sejam multados de acordo com a decisão dos Ordinários. Se algumas promessas com o pretexto de oferecer touradas, foram feitas, estabelece o Santo Concílio que as declarem nulas, proibindo também que outras promessas do género se façam.
Proíbe-se aos clérigos, quaisquer que sejam as ordens sacras que tenham recebido, ou aos prebendados, quaisquer que sejam os benefícios que tenham obtido -sob pena de cinco cruzados de ouro, aplicáveis em benefício do meirinho, e, em parte, em obras pias, proíbe-se, repete-se, que assistam a tais espectáculos.
Aos alcaides das cidades e das vilas, exorta-os o Santo Concílio que se abstenham de semelhantes espectáculos, a fim de que não desviem das coisas da Igreja e dos ofícios divinos as almas dos povos a cujo governo presidem.
Fonte: "O IV Concílio Provincial Bracarense e D. Frei Bartolomeu dos Mártires" do Prof. Dr. José Cardoso. Edição APPACDM - 1994
Porém, é caricato que em pleno século XXI se continue com a realização de touradas a pretexto de Festas religiosas ou em honra de Santos, com a cumplicidade de clérigos, alguns certamente equivocados e que em nada dignificam a imagem da Religião Católica.
D. Manuel Martins: Um Bispo contra as Touradas
Cabe aqui referir a importante posição de D. Manuel Martins (Bispo de Emérito de Setúbal), quando gentilmente recebeu uma delegação do MATP - Movimento Anti-Touradas de Portugal e lhe questionamos se gostava de touradas: "Não gosto, nunca gostei. Brincar barbaramente com um animal, como na tourada, acho que é uma agressão à Ecologia, ao equilíbrio da natureza."
Fonte: MATP - Movimento Anti-Touradas de Portugal
D. Manuel Martins: Um Bispo contra as Touradas
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Fonte: MATP - Movimento Anti-Touradas de Portugal
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