Protesto anti-tourada em Baião
No próximo dia 23 de Agosto irá realizar-se uma tourada em Baião, inserida nas festas de S. Bartolomeu. Junta-te a este protesto pacífico frente à praça de touros:
Sexta-feira, 23 de agosto de 2019 às 16h/17h
Ingilde, Baião
Enviem o seguinte e-mail de protesto
Para: geral@cm-baiao.pt, presidencia@cm-baiao.pt
Cc: Movimento pela Abolição da Tauromaquia de Portugal
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Exmo. Sr. Presidente da Câmara Municipal de Baião Dr. Paulo Pereira
Excelência,
Escrevo a V. Exa. no âmbito da corrida de touros agendada para 23/08/2019 em Baião.
Tendo em conta que:
1. Os mais recentes estudos científicos comprovam, inequívoca e cabalmente, que os animais de várias espécies, incluindo touros e cavalos são seres sencientes capazes de sentir prazer, dor e sofrimento, físicos e psicológicos, e experimentar sentimentos de alegria, medo e angústia;
2. Touros e cavalos experimentam um sofrimento atroz, físico e psicológico, antes, durante e depois das touradas;
3. A legislação portuguesa reconhece a necessidade de protecção dos animais (“São proibidas todas as violências injustificadas contra animais, considerando-se como tais os actos consistentes em, sem necessidade, se infligir a morte, o sofrimento cruel e prolongado ou graves lesões a um animal” Lei 92/95), mantendo uma inexplicável excepção para a tauromaquia;
4. A tauromaquia é uma prática cruel e obsoleta que tem suscitado enorme repúdio e indignação na sociedade civil portuguesa e mundial. Massacrar animais gratuitamente para entretenimento não é próprio de sociedades evoluídas e embaraça muitos portugueses face a uma Europa que se distancia cada vez mais de práticas bárbaras e que causam sofrimento a seres sencientes;
5. A tauromaquia é ainda uma prática perigosa para os seres humanos, a comprová-lo estão os incontáveis casos de lesões graves e muitas fatais entre os seus intervenientes;
6. Estudos comprovam que a violência para com animais predispõe à violência para com humanos, sendo que no historial de muitos criminosos constam inicialmente episódios de maus-tratos persistentes a animais;
7. A tauromaquia está em franco declínio e só subsiste nos dias de hoje graças a apoios mais ou menos explícitos por parte do Estado, quer através do poder central, quer através das autarquias;
8. As autarquias, por se encontrarem numa situação vantajosa de proximidade das populações, têm um papel fundamental na construção de uma sociedade mais civilizada, evoluída e distante de práticas que deveriam ter ficado no passado, e os executivos municipais têm por obrigação associar-se a eventos que promovam a evolução das pessoas e das regiões, ligando o seu nome a práticas positivas e construtivas de avanço civilizacional que o sec. XXI impõe.
Face ao exposto, peço a V. Exa. que faça tudo o que estiver ao seu alcance no sentido da não realização da tourada em causa ou de qualquer outra.
Com os melhores cumprimentos,
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