sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Assine e divulgue a petição



Assine aqui: http://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=tcordanaoepatrimonio


Em Defesa das Crianças, do Bem-estar Animal e dos Açores - Tourada à Corda não é Património Cultural Imaterial

Para: UNESCO, Comité dos Direitos da Criança da ONU, Parlamento Europeu, Governo dos Açores, Governo de Portugal.

Está em curso, na ilha Terceira (Açores), uma tentativa de candidatura da tourada à corda a Património Cultural Imaterial da UNESCO.

Nós, pessoas individuais e coletivas, abaixo assinadas, entendemos que a tourada à corda não pode nem é digna de figurar como Património Cultural Imaterial pelas seguintes razões:

1- É uma tradição associada à crueldade contra animais que ao contrário do que é afirmado pelos promotores, frequentemente, se traduz em ferimentos e mesmo na morte dos mesmos. Assim sendo, é contrária a vários documentos internacionais que condenam os maus tratos aos animais e colide frontalmente com os princípios definidos na Declaração Universal dos Direitos dos Animais;

2- É uma prática que anualmente é responsável pela morte de alguns participantes humanos e de uma média de cerca de trezentos feridos, alguns com bastante gravidade;

3- A presença de crianças e adolescentes como participantes ou simples assistentes nas touradas à corda contraria a recomendação, de 2014, do Comité dos Direitos da Criança da ONU, que pede para afastar as crianças da tauromaquia e que, entre outras medidas, recomenda também a promoção de campanhas de informação sobre “a violência física e mental associada à tauromaquia e ao seu impacto nas crianças”;

4- É uma atividade não consensual na sociedade açoriana, e em todo o mundo, onde parte significativa da população açoriana não só não se identifica como repudia as diversas modalidades tauromáquicas, não sendo por isso “um elemento vivificador da identidade cultural comum”.

Face ao exposto, solicitamos a intervenção das várias entidades a quem é destinada esta petição de modo a ser rejeitada qualquer proposta de candidatura sobre este assunto, bem como que desenvolvam todos os esforços no sentidos de proteger as crianças açorianas e não permitir que uma prática violenta, bárbara e anacrónica seja classificada como Património Cultural Imaterial.


Proponentes

Regionais:
CAES - Coletivo Açoriano de Ecologia Social
GCAT - Grupo Central Anti-Tourada
MATP-DA - Movimento Abolicionista da Tauromaquia de Portugal - Delegação dos Açores
MCATA - Movimento Cívico Abolicionista da Tauromaquia dos Açores

Nacionais:
ABRIGO - Associação de Proteção à Fauna e à Flora (Vale do Paraíso-Azambuja)
ADAPO - Associação de Defesa dos Animais e Plantas de Olhão
AEZA - Associação Ecologista e Zoófila de Aljezur
AGIR pelos Animais
Alaar - Associação Limiana dos Amigos dos Animais de Rua
AMIAMA - Amadora
ANIMAL
Animais de Rua
Associação AGIR pelos Animais
Associacao dos Amigos dos Animais Abandonados de Loulé
Associação Cantinho dos Animais Évora
Associação Gato de Rua
Associação Patas Errantes
Campanha Esterilização Cães e Gatos
Cedar Center for Animals
Évora Anti Tourada
Mafranimal - Associação de Ajuda Animal
MAT - Marinhenses Anti Touradas
MATP - Movimento Abolicionista da Tauromaquia de Portugal
MIAR Évora (Movimento para a Integração de Animais de Rua)
MIAT - Movimento Internacional Anti-Touradas
Quebra do Silêncio (Blogue)
Senhores Bichinhos

Internacionais:
AnimaNaturalis - Ecuador
ARCA BRASIL - Associação Humanitária de Proteção e Bem-Estar Animal
ARCA - Fundacion Protetora de Animales – Equador
Asociación Potosina por la dignidad animal A.C. (APDA) - México
CAS International (Comité Anti Stierenvechten) - Holanda
Crac Europe
Perú Antitaurino
Plataforma La Tortura no Es Cultura - Espanha


*****************************************************************************************************************

ESPAÑOL

En Defensa de la Infancia, del Bien Estar Animal y de las Islas Azores – Toros Ensogados no son Patrimonio Cultural Inmaterial

Está en curso, en la isla Terceira (Azores), un intento de candidatura de los toros ensogados a Patrimonio Cultural Inmaterial de la UNESCO.

Nosotros, personas individuales y colectivos, abajo firmantes, entendemos que los toros ensogados no pueden ni son dignos de figurar como Patrimonio Cultural Inmaterial por las siguientes razones:

1- Es una tradición asociada a la crueldad contra los animales que, al contrario de lo que es afirmado por los promotores, frecuentemente se traduce en heridas e incluso en la muerte de los mismos. Siendo así, es contraria a varios documentos internacionales que condenan los malos tratos a los animales y se opone frontalmente a los principios definidos en la Declaración Universal de los Derechos de los Animales;

2- Es una práctica que anualmente es responsable por la muerte ocasional de algunos participantes y por una media de trescientos heridos, algunos com bastante gravedad;

3- La presencia de niños y adolescentes como participantes o simples asistentes en los toros ensogados contraría la recomendación de 2014 del Comité de los Derechos del Niño de la ONU, que pide alejar a los niños de la tauromaquia y que además, entre otras medidas, recomienda la promoción de campañas de información sobre “la violencia física y mental asociada a la tauromaquia y su impacto en la infancia”;

4- Es una actividad no consensual en la sociedad azoreña, como en todo el mundo, y una parte significativa de la población no sólo no se identifica sino que repudia las diversas modalidades de la tauromaquia, no siendo por eso “un elemento vivificador de la identidad cultural común”.

Frente a lo expuesto, solicitamos la intervención de las varias entidades a quien se destina esta petición de modo a ser rechazada cualquier propuesta de candidatura sobre este asunto, bien como que desarrollen todos los esfuerzos en el sentido de proteger a la infancia azoreña y a no permitir que una práctica violenta, bárbara y anacrónica sea clasificada como Patrimonio Cultural Inmaterial.


*****************************************************************************************************************

ENGLISH

In Defense of the Children, Animal Welfare and of the Azores – Street Bullfights can not be Immaterial Cultural Heritage

On Terceira Island (Azores) there is now an attempt to make street bullfighting an Immaterial Cultural Heritage of UNESCO.

We, individual and collective persons undersigned, believe that street bullfighting is not, nor can be worthy of being considered Immaterial Cultural Heritage for the following reasons:

1- It is a tradition of cruelty against animals that on the contrary to what is affirmed by the organizers frequently causes wounds and even the death of the same. This being so, it is contrary to many international documents that condemn ill treatment of animals and is totally opposed to all principles defined in the Universal Declaration of Animal rights;

2- It is a practice that is annually the cause of the death of some human participants and an average of about three hundred injured, some seriously;

3- The presence of children and adolescents as participants or watchers of street bullfights is contrary to the recommendation of 2014, of the Comity of Children Rights of the United Nations that recommends that children should be removed from bullfighting and also that campaigns for the promotion of information about physical and mental violence associated with bullfighting and its impact on children;

4- It is not a consensual activity in Azorean society and all over the world, where a significant part of the Azorean population not only repudiates but also condemns the various kinds of bullfights and therefore cannot be considered as a “living element of a common cultural identity”.

For these reasons, we request the intervention of the various entities to whom this petition is destined, to reject any proposal for candidature of this matter, to make every effort to protect the Azorean children and not allow a violent, barbaric and anachronic practice to be classified as Immaterial Cultural Heritage.


*****************************************************************************************************************

FRANÇAIS

En Defense des Enfants, pour le Bien-Être des Animaux et des Azores - “Taureau à la corde” n’est pas un Patrimoine Culturel Immatériel

On essaye, à l’île Terceira des Açores, la candidature du " Taureau à la corde" de façon qu'elle puisse devenir patrimoine culturel immatériel de l'UNESCO.

Nous sommes des personnes individuels et colléctifs soussignés, et a notre avis la “tourada à corda” ne peut pas et ne mérite pas le classement comme patrimoine culturel immatériel, pour les raisons suivantes:

1- Il s’agit d’une tradition associée à la cruauté envers les animaux que, contrairement à ce qui est indiqué par ses promoteurs, se traduit souvent par des blessures et même la mort des taureaux . Par conséquent, il est contraire à plusieurs documents internationaux condamnant la maltraitance des animaux, et en collision frontale avec les principes énoncés dans la Déclaration Universelle des Droits de l'Animal;

2- Cette pratique est actuellement responsable de la mort de certains participants humains et environ trois cents blessés chaque année, dont certaines très graves;

3- La présence des enfants et des adolescents en tant que participants ou seulement comme des assistants dans les “touradas à corda” est contraire à la recommendation, de 2014, du Comité des Nations Unies sur les droits de l'enfant, dans le but de garder les enfants de la tauromachie et que, entre autres choses, recommande la promotion de campagnes d'information sur la «violence physique et mentale liée à la tauromachie et son impact sur les enfants»;

4- Il s’agit d’une activité non consensuelle dans la société des Açores, comme dans le monde, où une partie importante de la population n’est pas d’accord avec la tauromachie en général, q’elle rejette, et comme ça ce n’est pas vrai que cette activité puisse “vivifier la l'identité culturelle commune”.

Compte tenu de ce qui précède, nous demandons l'intervention des diverses entités à qui est destiné cette pétition afin d'être rejeté toute proposition de candidature sur ce sujet, ainsi que de faire tous les efforts dans le but de protéger les enfants des Açores, ne permettant jamais que une pratique violente, barbare et anachronique soit classé comme patrimoine culturel immatériel.


*****************************************************************************************************************

Mais informação:
http://iniciativa-de-cidadaos.blogspot.pt/p/tourada-nao-e-patrimonio-cultural.html

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Eurodeputados portugueses contra e a favor da tortura animal


No passado dia 28 de Outubro foi votada no Parlamento Europeu uma Resolução para impedir que cerca de 140 milhões de euros da Política Agrária Comum (PAC) sejam utilizados, como em anos anteriores, para financiar as touradas. A Resolução considerava também que este tipo de financiamento constitui uma clara violação da Convenção Europeia relativa à Protecção dos Animais nos Locais de Criação.

A Resolução foi aprovada por uma larga maioria dos eurodeputados (438 votos), dando um claro e inequívoco sinal daquilo que a cidadania europeia pensa sobre o financiamento público a este tipo de espectáculos bárbaros e sangrentos de tortura animal.

A imensa maioria dos que votaram contra a Resolução (155 dos 199 votos) foram eurodeputados pertencentes ao Partido Popular Europeu. Considerando que a maioria de estes eurodeputados representam povos e países nos quais a tauromaquia está felizmente proibida, não deixa de surpreender o sentido do seu voto. Devemos interpretar portanto que os eurodeputados deste partido, no poder na Europa, não votam segundo o interesse dos cidadãos, senão segundo os interesses de determinados grupos ou máfias económicas. Neste caso, segundo os interesses da indústria tauromáquica que, nos três países nos quais ainda é legal, vive graças às suas relações com a política e à custa dos fabulosos subsídios públicos que dela recebe.

Os eurodeputados portugueses infelizmente não fugiram à regra. Todos os eurodeputados do PSD e do CDS, pertencentes ao Partido Popular Europeu, votaram contra a Resolução, defendendo a tortura animal e os subsídios públicos. Os eurodeputados do PS votaram divididos, uns a favor, outros contra, e outros abstiveram-se. Todos os restantes eurodeputados, do PCP, BE, PT e PDR, votaram a favor da Resolução, condenando a tortura animal.

É de destacar a evolução favorável do conjunto dos eurodeputados socialistas, integrados no grupo dos Socialistas e Democratas, que numa votação equivalente realizada em 2014 votaram maioritariamente junto ao Partido Popular no apoio aos subsídios à tauromaquia. Infelizmente só três dos eurodeputados socialistas portugueses seguiram até agora esta evolução positiva. Os outros ainda não evoluíram.



Sentido do voto dos eurodeputados portugueses em relação à Resolução:
Verde: voto a favor. Laranja: abstenção. Vermelho: voto contra. Cinzento: não presente.