sábado, 17 de abril de 2010

Espanha (Galiza): Dodro terceiro município contra as Touradas

A cidade de Dodro (Corunha) tornou-se a terceira cidade da Galiza, depois de Cangas e Vedra, que exprime a oposição à tourada. Fê-lo na sexta-feira apos o apoio dos socialistas a uma iniciativa  apresentada pelo BNG (Bloco Nacionalista Galego).


A pequena cidade de Dodro (Corunha) tornou-se a terceira cidade da Galiza, depois de Cangas e Vedra, a exprimir a sua oposição à tourada. Fê-lo na sexta-feira passada com a aprovação dos Socialistas e do Bloco Nacionalista Galego ambos os grupos que formam governo de coligação e teem seis vereadores. Os cinco deputados do PP abstiveram-se.
O município de  Dodro faz fronteira com Padron, onde são realizadas touradas na Semana Santa. Isto, diz a vereadora nacionalista Vitoria Rei, ajuda a explicar o movimento do BNG.
Para o Bloco, não só a tourada não tem tradição na área, como são contra "qualquer celebração envolvendo o abuso de animais." "Apesar de sermos um município pequeno, temos o direito de expressar a nossa opinião sobre temas universais", acrescenta.
O texto da iniciativa, votado no passado dia 26 dias, cita dados da consultora Investiga segundo os quais a Galiza é o território espanhol com menos gosto por touradas e onde mais pessoas, 86% da população se declara contrário ás Touradas. As resoluções aprovadas com o apoio do PSdeG e a abstenção dos Populares, incluem a proibição de publicidade em Dodro "qualquer espectáculo que possa causar a morte ou a dor dos animais" e a declaração de proibição das touradas pelo Município.

Contra a tortura Animal nas Garraiadas Académicas!

Proteste contra a utilização de animais na 23ª edição da Semana Académica da Universidade dos Açores

Envie um mail para: aaua@uac.pt , dscar@uac.pt, presidencia@azores.gov.pt e uma cópia para acoresmelhores@gmail.com


Exmo. Senhor Presidente da Associação Académica da Universidade dos Açores
(Com Conhecimento ao Presidente do Governo dos Açores e ao Reitor da Universidade dos Açores)

Foi com alguma surpresa que tomei conhecimento que a Associação Académica da Universidade dos Açores, com o apoio de dinheiros públicos (Câmara Municipal de Ponta Delgada e Governo Regional dos Açores) vai promover uma “garraiada com três vacas bravas e um novilho provenientes da Terceira”


Atendendo a tal actividade nada tem a ver com a cultura do povo micaelense, constituir um desrespeito pela Declaração Universal dos Direitos do Animal que reconhece a necessidade de se respeitar o bem-estar e natureza dos animais não humanos e constituir um mau uso dos dinheiros públicos numa altura em que são conhecidas as dificuldades orçamentais da Universidade dos Açores e tanto os Açores como o resto do território nacional, está a atravessar uma crise económica e social que se traduz no número crescente de desempregados e na dificuldade por que passam as pequenas e médias empresas, venho manifestar o meu repúdio pela integração da garraiada na Semana Académica que só pode ser entendida como parte da investida, em São Miguel, por parte de alguns aficionados terceirenses que pretendem popularizar as touradas com o fim único de introduzir nos Açores as touradas picadas e os touros de morte.

Aproveito para declarar o meu compromisso de tudo fazer para denunciar, a nível nacional e internacional, o mau uso dado aos dinheiros públicos para a manutenção de uma indústria decadente que vive do sofrimento dos animais.

Com os melhores cumprimentos,

(Nome)

(Localidade)


Fontes: http://poisaleva.blogspot.com/
            http://terralivreacores.blogspot.com/

O que pensa um toiro na arena?

Em Portugal as touradas continuam a atrair milhares. Há quem aprecie e quem abomine. Interessava saber o que pensam os toiros disto tudo. Mas infelizmente a voz do toiro nunca poderá ser escutada.

"O que é que este senhor quer? Anda por aqui a passear-se no cavalo armado em bom e volta e meio vem espetar-me um ferro no lombo. Deve pensar que isto é um restaurante de rodízio à brasileira. Ó amigo isto aqui não é o Gauchão e eu não sou o prato do dia. Seja lá homem e desça daí, vamos tomar um copo e conversamos sobre o assunto..."


"Acho piada quando os aficionados dizem que amam os toiros. Estranha forma de amar. Porque é que não vais fazer isto aos perdigueiros que tens lá em casa? Cria-los, ama-los muito, e depois um dia leva-los até ao Campo Pequeno, convidas os teus amigos e passam a tarde a espetar-lhe ferros nas costas. Pois mas isso já não porque se trata de animais de estimação e tal. E é crime ainda por cima. A velha e gasta teoria de alguns de que podemos maltratar os animais desde que eles sejam criados para o efeito. Alguns até dizem que se não fosse as touradas os toiros bravos já nem existiam. Pois se o homem não existisse a estupidez também não mas assim torna-se difícil e temos de lidar com ela. E não sabia que o senhor Charles Darwin era criador de toiros"

"E são tão paternalistas...este toiro é muito nobre e tem personalidade e mais não sei o quê...deixa-me cá mas é atravessá-lo com uma espada e cortar-lhe uma orelha como fazem as tribos da amazónia que ainda vivem com uma parra a tapar as partes"

" E o homem da corneta? O que é aquilo? Não há por aí nenhuma alma caridosa que lhe pague o conservatório? Ou um sniper da Mossad com o ouvido mais sensível? Se me querem matar ao menos ponham Chopin ou Verdi"

"Pronto já cá faltava o grupinho de meninos armados em rebeldes enfiados em roupa de tamanho 2 números abaixo. E este da frente não se cala com o "é toiro, é toiro" Querias que fosse o quê? Uma perdiz? O que queres tu afinal? Um happy meal? Eu por tenho cara de funcionário do Macdonalds? Já viste algum a raspar com as patas no chão enquanto tira um Sundae de chocolate? E já agora não achas que já comias menos meu badocha? Aposto que há na plateia quem tenha dúvidas de que lado da arena é que está o touro. Eu peso 500 quilos mas tu também deves andar lá perto. Uma consulta no nutricionista e larga o porco preto que qualquer dia só enrolado num cortinado..."

As touradas continuam a fazer parte do quotidiano português. O espectáculo bárbaro de espetar farpas de vários tamanhos num animal parece agradar a muitos à boa maneira de Júlio César, que há quem diga que foi primeiro a lembrar-se de um "entretenimento" do género com o uso de toiros, entre outros igualmente grotescos. O Imperador Cláudio pôs em prática sacrificando-os na Arena. As tradições acabam. E as más devem ser eliminadas. Quando o homem não consegue ou quer o tempo encarregar-se-á de o fazer. Até lá sofre o toiro.

Em Portugal o Marquês de Pombal acabou com os toiros de morte e chegou a proibir as touradas aquando da morte de um nobre (homem entenda-se) na arena. Retomou-se a "tradição" algum tempo mais tarde. Infelizmente.

Fazer sofrer propositadamente uma animal até à sua morte para regozijo de meia dúzia não devia ser permitido em parte alguma. Muito menos num país civilizado.

Fonte: Tiago Mesquita (http://aeiou.expresso.pt/100refens)