domingo, 15 de outubro de 2017

Caixa Geral de Depósitos contra as touradas




Carta enviada pela Caixa Geral de Depósitos:

"Estimado Senhor

Obrigado pela sua mensagem acerca da utilização da imagem da Caixa no Festival Taurino.

A Caixa Geral de Depósitos tem, por princípio, não apoiar touradas ou outras manifestações culturais onde haja violência contra animais.

A Caixa é alheia à colocação indevida do seu logotipo no Festival Taurino, realizado a 7 de Outubro em Beja e já solicitou à IPSS em questão, que não volte a utilizar o logótipo da Caixa sem a sua autorização.

Com os nossos cumprimentos,

Caixadirecta"


segunda-feira, 9 de outubro de 2017

Escreva contra as falsas touradas de "beneficência"


Acção - Touradas CerciBeja Não

A CerciBeja já foi beneficiária/apoiante de nove touradas. Não podemos permitir que as Cercis continuem a associar-se à tauromaquia. Por favor, escreva para a Federação que as representa, bem como para a Caixa Geral de Depósitos, cujo logotipo consta no cartaz da tourada do dia 7/10/2017. Basta enviar a mensagem sugerida (ou outra) para os endereços indicados.

Para: com.marketing@fenacerci.pt, cgd@cgd.pt

Cc: marinhenses.antitouradas@gmail.com

Assunto: Touradas Não (ou outro assunto que lhe pareça apropriado)

Mensagem sugerida:


Exmos. Srs.,

Começando por me dirigir à Federação Nacional de Cooperativas de Solidariedade Social (FENACERCI), enquanto representante da Cercibeja,

Escrevo-lhes para expressar a minha mais profunda insatisfação por a CerciBeja ter sido beneficiária, e paralelamente apoiante, de um “Festival Taurino” decorrido no dia 7 de Outubro de 2017, bem como por ter levado pessoas com deficiência intelectual a assistir e por ter demonstrado uma total falta de respeito pelas muitas pessoas que deixaram pedidos de cancelamento da tourada na página do Facebook da Instituição mas que tiveram como única resposta a eliminação dos seus respectivos comentários.

Na recente tourada a favor da referida Instituição de Beja, obrigaram-se vários equinos e seis bovinos a participar. Sujeitaram-se esses equinos a elevados níveis de stress e a diversos perigos, como o de serem colhidos pelos bovinos. Humilharam-se e torturaram-se os bovinos, sem se dispensarem sevícias como cravar ferros com arpões nos corpos dos animais ao som de olés e aplausos.

É verdade que a tauromaquia ainda beneficia, no nosso país, de uma excepção expressa na mesma lei que proíbe expressamente “todas as violências injustificadas contra animais”, como sejam, infligir-lhes “a morte, o sofrimento cruel e prolongado ou graves lesões”, discriminando assim os touros relativamente aos outros animais não humanos. Mas é indiscutível que, embora ainda legalmente permitida, se trata de uma actividade violenta que causa muita repulsa na sociedade portuguesa. E é por esta polémica actividade assentar na violência contra seres sencientes, excluídos e colocados numa situação de vulnerabilidade, que me parece que as Cercis dela se deveriam distanciar.

A mais recente tourada a favor da CerciBeja pode até ter rendido, segundo informações veiculadas por blogues tauromáquicos, 3.013,54 euros; mas é certo que afectou negativamente a credibilidade desta Cerci e das Cercis em geral.

Venho, pois, pedir à FENACERCI para recomendar às suas associadas que não sejam beneficiárias de espectáculos tauromáquicos.

Aproveito a presente mensagem para perguntar à Caixa Geral de Depósitos se tem conhecimento de que o seu logotipo constou no cartaz publicitário da referida tourada, e se a patrocinou.

Agradecendo a atenção dispensada,

Com os melhores cumprimentos,

(Nome)
(Localidade)