"O toureiro Marcelo Mendes tem uma vaga desculpa: ter sido formatado desde tenra idade num ambiente “cultural” de violência e derramamento de sangue para fins de diversão e lucro. Ter sido formatado por companhias que, numa grande parte, são gente profundamente reaccionária, quando não são mesmo confessos saudosos dos fascismo.
Não passa, portanto, de mais um garoto profundamente danificado na sua humanidade e personalidade. Um garoto educado para reagir violentamente ao afrontamento, ainda que vestidinho de roupinhas bordadadinhas a lantejoulinhas. Um infeliz que acha normal atacar pessoas indefesas, atirando-lhes para cima com uma besta... montada num cavalo.
Provavelmente, o energúmeno pensa que, acaso o cavalo tivesse esmagado alguma pessoa, isso não lhe provocaria quaisquer dores... exactamente o mito vigarista de que enterrar ferros no corpo ensanguentado de um touro, não faz doer.
Faz doer, sim! Tal como ver cenas como esta. Também dói ver a GNR esperar pelo segundo ataque do facínora, para então se aproximar dele, não só não o levando, devidamente detido, como nem sequer o obrigando a descer do cavalo com que acabara de praticar o crime, à frente de toda a gente e, felizmente para o apuramento de possíveis responsabilidades criminais (também da GNR), à frente das câmaras de televisão, como este vídeo abaixo documenta.
Tenho alguns amigos (poucos!) que, no seu direito, são adeptos das touradas. Espero sinceramente que nesta estória estejam comigo e não com este falhado projecto de ser humano que dá pelo nome de Marcelo Mendes."
Fonte: http://samuel-cantigueiro.blogspot.pt/2012/09/marcelo-mendes-uma-besta-cavalo.html
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