«Divertimentos bárbaros, impróprios de nações civilizadas, que servem unicamente para habituar os homens ao crime e à ferocidade» Passos Manuel, 1836.
quarta-feira, 25 de dezembro de 2019
sexta-feira, 8 de novembro de 2019
sexta-feira, 1 de novembro de 2019
MATP na Cimeira de Paris
Cimeira de Paris | 18 e 19 de outubro de 2019
Através da BASTA, do MATP e da Rede “Portugal sem Touradas”, Portugal esteve representado na 13ª Cimeira Internacional pela Abolição que se realizou em Paris nos passados dias 18 e 19 de outubro.
Na Cimeira, representantes de vários países onde as touradas e atividades afins de tortura de bovinos e cavalos ainda são legais, apresentaram a evolução ocorrida nos últimos anos, tendo-se constatado que a atividade tauromáquica tem vindo a reduzir-se não só em termos de “espetáculos” como de presenças de assistentes.
No que diz respeito ao nosso país, os representantes portugueses estão convictos que em Portugal, a médio prazo, as touradas serão abolidas.
O MATP, continuará a lutar pela abolição e está solidário com todas as organizações que em todo o mundo lutam por uma Terra melhor para todos os seus habitantes.
sábado, 19 de outubro de 2019
A cumplicidade do poder público com a defesa das touradas e do pensamento reaccionário ou fascista
A cumplicidade do poder público com a defesa das touradas e do pensamento reaccionário ou fascista
Não é novidade para ninguém o facto de que os defensores mais veementes das touradas, desta incompreensível excepção à moderna legislação que defende os direitos dos animais e seu bem-estar, vivem num mundo muito afastado da realidade da nossa época.
E as ideias que defendem resultam cada vez mais chocantes para a maioria das pessoas: O culto à violência. O abuso cruel e sem medida dos animais. O gosto pelo sangue e pela morte. A agressão gratuita e covarde contra o mais fraco. A destruição de um ser vivo vista como motivo de festa e celebração. A barbárie defendida como estado mais nobre do homem. O sofrimento de determinados seres convertido no prazer de outros. A ritualização controlada da violência sobre seres indefesos vista como falsa forma de segurança…
A defesa de todo este conjunto de ideias, de carácter claramente retrógrado, mais próprias de épocas pretéritas, envergonha as sociedades modernas do século XXI e revolta cada vez mais a população.
Agravando a situação, é por mais evidente que o mundo das touradas e todo o seu ideário associado apresentam ligações profundas com o pensamento político mais reaccionário ou fascista. A este respeito, vale a pena relembrar as 14 características que Umberto Eco, na sua obra “Cinco escritos morais”, utilizava para identificar aquilo que ele chamava neofascismo ou fascismo eterno, e que poderiam resumir-se da forma seguinte:
1) O culto da tradição e do tradicionalismo. 2) A recusa da modernidade. 3) O culto da acção pela acção, onde o pensamento e a cultura são vistos como uma forma de castração. 4) A rejeição de qualquer tipo de críticas, sendo o desacordo considerado como uma traição. 5) A potenciação do medo à diferença e do racismo. 6) O apelo às classes sociais frustradas vítimas da crise ou da humilhação política. 7) O culto ao nacionalismo, definido pela ameaça de supostos inimigos internacionais e nacionais. 8) A ideia contraditória de que o inimigo é suficiente forte para humilhar-nos e suficientemente fraco para ser derrotado. 9) A ideia de que o objectivo da vida é a luta e a guerra permanente, sendo o pacifismo um conluio com o inimigo. 10) A defesa duma sociedade elitista e hierárquica, organizadora dum povo superior. 11) O culto do heroísmo e da morte, que é considerada a melhor recompensa para uma vida heróica. 12) A defesa do machismo, escape para um heroísmo continuamente frustrado. 13) O povo concebido como uma entidade monolítica que exprime uma única vontade comum, da qual o líder é seu único intérprete. 14) Utilização de um léxico pobre incapaz de suportar raciocínios complexos ou críticos.
Vale a pena pegar nestas características para as comparar com as que regem habitualmente no mundo mais purista e genuíno das touradas.
No mundo das touradas é defendida a tradição e o tradicionalismo sempre por cima da razão. Foge-se a todo tipo de modernidade. Foge-se ao pensamento livre e à evolução da cultura. Não é aceite nenhum tipo de críticas externas ou internas, que são recebidas com extrema violência. Não é aceite que as pessoas possam pensar de forma diferente e actuar, por exemplo, a favor da proibição das touradas. Apela-se, a integrar nas suas filas, aos sectores da sociedade culturalmente mais desfavorecidos. As touradas são vistas como uma bandeira de identidade do povo, cuja continuação está em perigo, ameaçada por inimigos estrangeiros e da própria nação contra os quais é preciso lutar até conseguir a sua derrota.
A luta e o sangue são a própria essência da tauromaquia. O objectivo do homem é demonstrar o seu heroísmo lutando contra animais, que são idealizados como o inimigo, mas muito mais fáceis de humilhar, torturar e vencer. A morte é a glória máxima do lutador, e mesmo também, involuntariamente, da vítima. O pacifismo e a defesa dos animais são a negação da luta e devem ser perseguidos. O machismo domina o mundo das touradas, sendo a via mais fácil e covarde para dar escape à frustração permanente de homens que quereriam ser vistos como heróis. Os defensores das touradas são os únicos intérpretes válidos das essências do povo, que deveria defender em bloco a continuidade da tauromaquia. A linguagem da tauromaquia é simplista, confusa e emocional, identifica propositadamente as palavras com a sua própria antítese e nega a validade de todos aqueles conceitos ligados à razão e ao pensamento racional.
Em resumo, quase todas as características que definem o pensamento político neofascista têm um reflexo claro no mundo da tauromaquia e no ideário que defendem os seus mais fanáticos adeptos.
É o momento, portanto, de nos perguntarmos pelo motivo pelo qual o poder público, contra qualquer senso comum, defende e protege a continuação das touradas, o seu mundo sádico e cruel e o seu ideário retrógrado tão próximo ao fascismo.
De que forma, ao amparo do ordenamento constitucional, é possível defender que a liberdade de umas determinadas pessoas consiste em torturar de forma sangrenta um animal e que o dever de todas as outras pessoas é tolerar de forma impassível este crime abjecto.
De que forma é impedida a necessária evolução do conjunto da sociedade, impedindo ou obstaculizando esta evolução com a defesa duma tradição ou de umas tradições por mais infames, vergonhosas e retrógradas.
De que forma é promovido e apoiado acriticamente todo um conjunto de valores reaccionários ou simplesmente fascistas, contra os quais historicamente se alçaram todos os actuais preceitos constitucionais e as mais modernas legislações.
Em resumo, é o momento de nos perguntarmos pelo motivo da inconfessável cumplicidade do poder público, e de quem o representa, com a abjecta continuação da prática das touradas.
Tiago Pavão
domingo, 6 de outubro de 2019
quarta-feira, 18 de setembro de 2019
quarta-feira, 11 de setembro de 2019
Baião - Direito de resposta
DIREITO DE RESPOSTA
Texto enviado a "O Comércio de Baião"
A edição deste jornal, de 4 de setembro de 2019, publicou uma noticia intitulada “Manifestação contra realização de tourada” a qual lemos com o maior interesse visto ter sido iniciativa do nosso movimento.
Neste sentido, e usufruindo do direito de resposta que assiste aos cidadãos envolvidos no evento noticiado, de acordo com o Art. 24º do nº 2/99 da Lei de Imprensa, cumpre-nos corrigir algumas informações imprecisas e outras que poderão induzir o leitor em erro relativamente ao que, de facto, se passou:
1 - A organização do protesto foi da única responsabilidade do MATP – Movimento pela Abolição da Tauromaquia em Portugal, não tendo sido iniciativa de qualquer organização política, já que este protesto esteve sempre subjacente a um cariz apartidário, pelo que o PAN e o Bloco de Esquerda fizeram-se representar meramente como apoiantes e não como organizadores;
2 - A notícia refere-se ao facto de as pessoas nas bancadas se sentirem “ofendidas com as palavras vindas dos manifestantes e a eles dirigidas”. Ora, as pessoas sentirem-se ofendidas não pressupõe que as palavras tivessem sido, efetivamente, ofensivas, já que a ofensa não reside na forma como as palavras de ordem são assimiladas mas sim na forma como são expressas e, no que toca a este ponto, em momento algum foram proferidas quaisquer palavras de ordem ofensivas;
3 - Relativamente à informação “não se registando confrontos físicos”, sentimo-nos na obrigação de corrigir esta informação, relevando o facto de o repórter de imagem do Porto Canal ter sido agredido por um aficionado, tendo sido apresentada queixa imediatamente e terem sido identificados pela GNR, quer agressor, quer agredido. Note-se que uma das manifestantes viu também um dos seus cartazes rasgados e agressões maiores não aconteceram contra os manifestantes graças à exemplar eficácia e eficiência da GNR de Baião; no entanto, só foi possível assegurar a segurança dos envolvidos no protesto devido à invocação da Força de Intervenção de Amarante, por parte da GNR de Baião, o que comprova que a violência partiu somente dos aficionados e, em momento algum, dos manifestantes;
4 - Ao mencionar que “posto isto, os manifestantes abandonaram o local e os aficionados voltaram para assistirem ao resto da tourada”, é expressa a ideia de que, após o confronto, os manifestantes saíram imediatamente do local, algo que não corresponde à verdade, já que, mesmo após as tentativas de ameaça à sua integridade física, os manifestantes mantiveram-se ainda durante algum tempo no local, regressando somente passado algum tempo às suas casas, por imperativo de obrigações familiares, face à hora de final de dia que se aproximava;
5 - A fim de garantir a imparcialidade que deve pautar qualquer órgão de comunicação social, a elaboração da notícia deveria contemplar a interpelação às duas partes – aficionados e manifestantes – recolhendo o depoimento de cada uma delas, algo que não aconteceu, tendo sido somente citada uma pessoa a favor do evento.
Neste sentido, e dando voz à entidade organizadora da ação de protesto – MATP - cumpre-nos redigir este direito de resposta, informando o seguinte:
- O direito à manifestação está consagrado pela legislação portuguesa, de acordo com o Art. 45º do Decreto-Lei nº 86/1976;
- Através do evento criado nas redes sociais para a divulgação da ação de protesto, a organização da manifestação fez questão de informar todos os interessados em participar na mesma que seriam imperativas a educação e a elevação no decorrer da ação;
- Em momento algum, a organização do protesto permitiu que fossem proferidas ofensas aos transeuntes, os quais, esses sim, dirigiram ofensas verbais, tentativas de agressão física e gestos obscenos aos manifestantes, algo que consideramos ainda mais graves por, muitos deles, terem sido feitos à frente de crianças, não lhes transmitindo quaisquer valores de civismo;
- Respondendo à citação redigida na notícia, proveniente da auscultação de um pró-tourada, e não tendo sido auscultada a outra parte, a organização refere que concorda que é obrigação de qualquer pessoa respeitar opiniões e preferências contrárias; no entanto, a liberdade de opinião cinge-se à emissão da sua expressão ideológica, não conferindo qualquer direito em exercer essa liberdade na forma de violência física ou moral a outro ser, seja animal humano ou não humano.
O facto de algo – como a tourada – ser legitimada pela Constituição Portuguesa, não significa que seja moralmente correto e próprio de uma sociedade culturalmente evoluída. Exemplo disso mesmo é o casamento consumado entre homens adultos de idade já avançada e crianças na faixa etária dos 8 a 12 anos: algo que nestes países é normal e legitimado, no ocidente é uma prática censurada e até considerada crime por pedofilia, pelo que fica a prova de que a permissão pela Lei não implica uma igual permissão moral.
Neste sentido, o MATP considera que a realização de tourada é uma prática censurável que vai muito além da mera opinião, já que tem consequências nefastas para terceiros, quer para o animal que é sujeito a violência e a agressão, quer para as crianças que, por irresponsabilidade dos pais, são levadas a estes eventos, sendo sujeitas ao visionamento de práticas de violência, inspirando-as a considerarem como normais comportamentos assentes na violência gratuita sobre os seres mais fracos.
Não será por acaso que a ONU – Organização das Nações Unidas, especificamente o seu Comité sobre os Direitos das Crianças, conclui no seu relatório, em 2018, que considera preocupantes os "efeitos dos danos" nas crianças (envolvidas em touradas).
Terminamos este direito de resposta, reiterando a necessidade de evolução social e cultural do nosso país, algo que passará, indubitavelmente, pela abolição da tauromaquia, algo que historicamente remonta à época medieval, e que deverá ser alvo de atualização legal, tendo em vista uma sociedade mais justa, compassiva e assente no Bem Comum, algo que prevemos acontecer a curto-prazo já que a própria história humana tem mostrado que, em algum momento, acontece um ponto de viragem em consequência das diversas lutas travadas, como aconteceu com a emancipação feminina e o fim da escravatura.
Iremos manter sempre a nossa intenção de trazer Baião para o século XXI, sendo este o único concelho de todo o distrito do Porto a manter uma prática moral e eticamente questionável.
Assinado,
A Equipa do MATP
sábado, 7 de setembro de 2019
A mesma violência, também na França
Um ferido grave? Violência contra os animais? Organizadores de touradas que não respeitam o mandato da câmara municipal? Não acaba por ser sempre a mesma história?
O mundo das touradas é sempre igual a si próprio, não importa o país. O mesmo que acontece em Portugal acontece também no sul de França.
Neste mês de agosto, numa tourada em França, um jovem de 19 anos foi ferido gravemente no pescoço e transportado de helicóptero ao hospital, onde lhe foi induzido o coma. Os organizadores desrespeitaram a proibição, por parte da câmara municipal, para a realização da tourada. E até ameaçaram com verter esterco diante da câmara municipal por causa dessa proibição. Mas afinal acabaram por fazer a tourada na mesma, rompendo a vedação que protegia o terreno onde finalmente acabou por se realizar. O resultado é já conhecido.
Mais informação: france3-regions, francebleu.
terça-feira, 3 de setembro de 2019
Assine contra a classificação da tauromaquia como Património Cultural Imaterial de Portugal
Assine contra a classificação da tauromaquia como Património Cultural Imaterial de Portugal:
ASSINE AQUI
Sabia que a indústria das touradas recebeu uma verba de 200.000 € do Orçamento Participativo para realizar estudos para a inclusão das touradas na lista de Património Cultural Imaterial de Portugal?
Esta campanha da plataforma Basta de Touradas, tem por objetivo afirmar junto do poder político, da Direção Geral do Património e da Comissão Nacional da UNESCO, a opinião de uma esmagadora maioria dos cidadãos portugueses que não concordam com a inclusão das touradas (ou qualquer vertente da tauromaquia) na lista de Património Cultural e Imaterial de Portugal e/ou na Lista Representativa do Património Cultural Imaterial da Humanidade.
segunda-feira, 2 de setembro de 2019
As touradas são violência contra animais e pessoas
Repórter agredido por um elemento da organização da tourada
Terminou de forma violenta uma manifestação anti-tourada em Baião. O protesto foi organizado pelo Movimento pela Abolição da Tauromaquia de Portugal (MATP) ao qual se juntaram o Bloco de Esquerda e o PAN. Ao tentar entrevistar a organização da tourada, o repórter de imagem do Porto Canal acabou por ser agredido enquanto estava a trabalhar.
Fonte: Porto Canal, 24-08-2019
quinta-feira, 29 de agosto de 2019
O espectáculo bárbaro das touradas à corda
O espectáculo bárbaro das touradas à corda
Na região espanhola de Valencia morreram 16 pessoas como consequência das touradas à corda nos últimos cinco anos. Sem dados ainda de 2019, o número de feridos de 2015 a 2018 nesta região foi de 3.333 pessoas.
Desconhecemos o número exacto de mortos e feridos em Portugal, pois é uma informação que infelizmente é sempre escondida. Também desconhecemos o número de touros mortos ou gravemente feridos, algo também relativamente frequente nas touradas à corda no nosso país.
O que sabemos é que nada justifica esta violência contra pessoas e animais. Sabemos que quando algumas pessoas precisam da violência -seja ela tradicional ou não tradicional- para se divertir, manifestam um comportamento claramente doentio. E sabemos que umas instituições públicas que apoiam estas práticas violentas com o dinheiro de todos são umas instituições que desrespeitam o mandato constitucional de cuidar da saúde pública, de melhorar a cultura do país, de gastar judiciosamente dinheiro público e de levar o nosso país para um futuro que todos queremos melhor.
Fonte: ver aqui.
domingo, 25 de agosto de 2019
sábado, 24 de agosto de 2019
Protesto em Baião - Agradecimentos
O MATP – Movimento pela Abolição da Tauromaquia de Portugal muito agradece a todos os que colaboraram e em especial a todos os que estiveram presentes ontem, dia 23 de agosto de 2019, sexta-feira, com início pelas 17h00, na ação de protesto contra a tourada realizada nesse dia, pelas 17h30, no lugar de Ingilde, concelho de Baião, ação esta que teve iniciativa da ativista abolicionista Sónia Bacelar Coutinho, promoção, apoio formal e oficial do MATP e colaboração dum muito empenhado grupo de abolicionistas locais e de outros pontos do país.
Esta iniciativa contou com a presença de elementos do MATP, da população de Baião e concelhos vizinhos e doutros pontos do país, mas também foi honrada com a presença de orgãos de comunicação social e personalidades da sociedade civil como o Sr. Maestro António Vitorino de Almeida, a Sr.ª Deputada do Bloco de Esquerda Maria Manuel Rola, a candidata pelo PAN à Assembleia da República e atual Deputada Municipal do Porto, Bebiana Cunha, o Deputado Municipal do PAN da Câmara Municipal de Matosinhos e diretor da ESAD, Albano Lemos Pires e representantes do PAN Penafiel.
A todos muito agradecemos a presença e apoio. O partido Os Verdes, por motivos de agenda não esteve presente e o LIVRE, apoiou a iniciativa, mas não pôde confirmar a presença. Esta foi uma iniciativa apartidária, aberta à participação de todos e que contou, ainda, com o apoio da atriz Sandra Cóias, o qual já expressou nas redes sociais.
A todos estes também agradecemos o apoio assim como à Guarda Nacional Republicana presente no protesto e que tudo fez para que o mesmo pudesse correr sem distúrbios o que, infelizmente, nem sempre foi possível evitar da parte da agressiva aficion que confrontou o protesto.
Um agradecimento especial também aos Companheiros Alexandre Bastos e Vasco Reis que fizeram um esforço extra ao se deslocarem de bastante longe para o local da ação, respetivamente de Beja e do Algarve.
Esta ação que promovemos foi em prol de uma sociedade mais justa e compassiva, que se orgulhe pelo respeito pela vida do Outro, independentemente de ser animal humano ou não humano.
A Equipa do MATP
quarta-feira, 14 de agosto de 2019
Protesto anti-tourada em Baião
Protesto anti-tourada em Baião
No próximo dia 23 de Agosto irá realizar-se uma tourada em Baião, inserida nas festas de S. Bartolomeu. Junta-te a este protesto pacífico frente à praça de touros:
Sexta-feira, 23 de agosto de 2019 às 16h/17h
Ingilde, Baião
Enviem o seguinte e-mail de protesto
Para: geral@cm-baiao.pt, presidencia@cm-baiao.pt
Cc: Movimento pela Abolição da Tauromaquia de Portugal
---------------------------
Exmo. Sr. Presidente da Câmara Municipal de Baião Dr. Paulo Pereira
Excelência,
Escrevo a V. Exa. no âmbito da corrida de touros agendada para 23/08/2019 em Baião.
Tendo em conta que:
1. Os mais recentes estudos científicos comprovam, inequívoca e cabalmente, que os animais de várias espécies, incluindo touros e cavalos são seres sencientes capazes de sentir prazer, dor e sofrimento, físicos e psicológicos, e experimentar sentimentos de alegria, medo e angústia;
2. Touros e cavalos experimentam um sofrimento atroz, físico e psicológico, antes, durante e depois das touradas;
3. A legislação portuguesa reconhece a necessidade de protecção dos animais (“São proibidas todas as violências injustificadas contra animais, considerando-se como tais os actos consistentes em, sem necessidade, se infligir a morte, o sofrimento cruel e prolongado ou graves lesões a um animal” Lei 92/95), mantendo uma inexplicável excepção para a tauromaquia;
4. A tauromaquia é uma prática cruel e obsoleta que tem suscitado enorme repúdio e indignação na sociedade civil portuguesa e mundial. Massacrar animais gratuitamente para entretenimento não é próprio de sociedades evoluídas e embaraça muitos portugueses face a uma Europa que se distancia cada vez mais de práticas bárbaras e que causam sofrimento a seres sencientes;
5. A tauromaquia é ainda uma prática perigosa para os seres humanos, a comprová-lo estão os incontáveis casos de lesões graves e muitas fatais entre os seus intervenientes;
6. Estudos comprovam que a violência para com animais predispõe à violência para com humanos, sendo que no historial de muitos criminosos constam inicialmente episódios de maus-tratos persistentes a animais;
7. A tauromaquia está em franco declínio e só subsiste nos dias de hoje graças a apoios mais ou menos explícitos por parte do Estado, quer através do poder central, quer através das autarquias;
8. As autarquias, por se encontrarem numa situação vantajosa de proximidade das populações, têm um papel fundamental na construção de uma sociedade mais civilizada, evoluída e distante de práticas que deveriam ter ficado no passado, e os executivos municipais têm por obrigação associar-se a eventos que promovam a evolução das pessoas e das regiões, ligando o seu nome a práticas positivas e construtivas de avanço civilizacional que o sec. XXI impõe.
Face ao exposto, peço a V. Exa. que faça tudo o que estiver ao seu alcance no sentido da não realização da tourada em causa ou de qualquer outra.
Com os melhores cumprimentos,
Nome:
NIF:
Morada:
Contacto:
terça-feira, 13 de agosto de 2019
A luta pelo fim das práticas tauromáquicas
Quando a palavra "sadismo" escapa de um dicionário, entrando na verbalização e na prática, é porque a razão nos deu o alerta para algo inconcebível e macabro!
A lei dos homens penaliza apenas alguns desvios comportamentais, enquanto aplaude outros, por considerá-los de menor importância, no entanto, a dantesca visão de qualquer ser vivo sujeito a tortura, é sem sombra de dúvida a imagem de sociedades doentes e destituídas dos seus valores mais básicos, éticos e humanos!
É assim com quem aplaude o sangue e é assim com quem dele sustenta os seus instintos mais primários, dominando e torturando os seres mais frágeis, por lhe ser vedado legalmente o direito de o fazer aos da sua própria espécie, o que apenas acontece a indivíduos enfermos, pobres de espírito, ou depravados mentais, com evidente baixa auto estima e dificuldades óbvias de inserção num universo de paz e igualdade que a todos deveria pertencer!
A tauromaquia é, portanto, um caso grave de saúde pública, analisado cientificamente em comunidades e países mais desenvolvidos, mas ainda propositadamente ignorado onde se pratica!
Sem me alongar por outros meandros do sadismo humano e porque estamos na época de certas "tradições" abjectas, hoje precisei mais uma vez de dar largas aos sentimentos, já que não me é possível regenerar certas consciências, nem curar as inúmeras demências que neste mundo teimam mascarar, com argumentos descabidos e ridículos.
Vamos então à tourada e às suas variações de sadismo, geralmente potenciadas pelo álcool. Porque será que esta "tradição" ainda resiste, conseguindo ainda ser defendida por alguns com tanto desespero?
Verificam-se igualmente estes comportamentos de frustração e violência gratuita, no futebol, na caça e em espectáculos onde se aplaudem animais abusados, em evidente sofrimento e stress.
O frágil conceito de "cultura", ganha, nestes casos contornos bem distintos da sua real essência contemplativa e didáctica, para se tornar o escape dos sentimentos mais sórdidos e imorais.
A Igreja Católica, desde sempre coesa com os poderosos e desvirtuando a sua essência moral e compassiva, por iguais razões, compactua despudoradamente com estas práticas, porque questionar demais é perigoso e os "rebanhos" querem-se mansos, fáceis de manipular e sabiamente domesticados.
A corrupção fica assim impune, porque as instituições públicas continuam a financiar, tanto às claras como através de subterfúgios, todas estas atrocidades, enquanto as populações menos instruídas e esclarecidas, não percebem que esse escape das suas mais básicas frustrações, está apenas a ser usado para benefício das mesmas minorias que os enganam e exploram.
A luta pelo fim das práticas tauromáquicas, mexe com os interesses e vantagens de muitos, por isso, quando se contesta, ataca-se todo um sistema antagónico à evolução de um povo e ao seu direito à cultura, ao mesmo tempo que se formatam crianças para a continuidade de uma vergonha que coloca o nosso país na cauda das opiniões internacionais mais abalizadas e honestas.
É sem dúvida a corrupção e o compadrio que sustentam e vão mantendo possíveis, estas actividades que embora moribundas, só resistirão enquanto não se achar que é imperativo o seu desmembramento através da constante e aguerrida contestação, militância e do voto consciente, porque enquanto se alimentarem no poder governantes desonestos que se sentem seguros e protegidos por posições obsoletas e criminosas, jamais seremos um país digno de pertencer ao século XXI, nem seremos vistos por quem nos visita, como uma nação habitada por um povo civilizado, pertencente a uma velha Europa que apesar dos seus erros do passado, hoje se pretende exemplar pela sua cultura, ética e progresso.
Teresa Botelho
quarta-feira, 24 de julho de 2019
Provedor do Telespetador da RTP contra as touradas
Resposta do Provedor do Telespetador da RTP
"Muito agradeço ter-me dado a conhecer a sua opinião quanto à transmissão de touradas pela RTP. Vários telespetadores fizeram-me chegar idêntica posição. Outros, pelo contrário, elogiaram a RTP por esta transmissão e pedem mais.
Como saberá, já várias vezes tomei posição pública sobre este tema. O assunto também foi objeto de debate na Assembleia da República, com o resultado que é conhecido. Espero que no quadro da Assembleia a ser eleita este outono exista uma maioria política favorável à interdição de tais transmissões.
De qualquer, modo creio que no próximo ano haverá menos touradas na RTP1 e que, num horizonte temporal relativamente curto, a sua transmissão deixará de ser feita."
m/ cumprimentos,
Jorge Wemans
Provedor do Telespetador da RTP"
terça-feira, 23 de julho de 2019
Basta de touradas na RTP!
ALERTA! - ESCREVA JÁ!
Em 2019 e apesar de toda a pressão e queixas por parte dos telespectadores, a RTP mantem a transmissão de touradas. É FUNDAMENTAL que expresse a sua opinião sobre o investimento de fundos públicos na transmissão de touradas. Escreva à Direcção de Programas e ao Provedor da RTP usando estes formulários:
http://media.rtp.pt/empresa/contactos/contact-center/
http://media.rtp.pt/empresa/provedores/enviar-mensagem-ao-provedor-do-telespectador
Pode expressar a sua opinião na página da RTP:
www.facebook.com/rtp
MENSAGEM SUGERIDA:
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Exmo. Senhor Diretor de Programas da RTP,
Exmo. Senhor Provedor do Telespectador da RTP,
Quero manifestar a minha indignação pelo investimento da RTP na transmissão de touradas na sua emissão, apesar das constantes queixas dos seus telespectadores.
Existem muitos motivos para que a televisão pública se abstenha de transmitir um espetáculo violento e cruel para os animais: as touradas serem o principal motivo de queixa dos telespectadores ao Provedor da RTP, já existem no mercado canais temáticos sobre touradas para o público aficionado e a violência das touradas foi incluída no último relatório de avaliação de Portugal do Comité dos Direitos da Criança da ONU que as classificou como “violência contra crianças”.
A violência contra pessoas e animais não pode ser considerada serviço público.
Por isso, solicito que a RTP ouça os seus telespectadores e se abstenha de transmitir touradas na sua emissão.
Com os melhores cumprimentos,
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Mais informação: http://basta.pt/rtp/
quinta-feira, 18 de julho de 2019
Morte de um cavalo
Grande momento de incultura, barbárie e morte em Coruche
A grande corrida em Coruche, no dia 6 de Julho, acabou com um cavalo morto, seis touros torturados e mortos, e dois cavaleiros e dois forcados feridos com gravidade.
Os dois cavaleiros foram transportados para o Hospital de Santarém, um deles com a cara suturada. Um dos forcados perdeu os sentidos e o outro ficou com fractura no maxilar, sendo transportado de helicóptero também para o hospital.
Pior correu para o cavalo, com fractura exposta numa das pernas, que foi abatido por não ter já qualquer utilidade para o violento negócio da tortura animal.
Mas ainda mais arrepiante foi a hipocrisia e a desprezível moral do cavaleiro, que afirmou: “a noite de Coruche foi a pior vivida em toda a minha carreira enquanto cavaleiro, enquanto homem, enquanto amante dos animais e, sobretudo, enquanto fiel amigo dos meus cavalos“.
Ser amante de torturar e matar animais não é a mesma coisa que ser amante e amigo deles. Converter em diversão e negócio a morte de animais e de pessoas não é certamente ser homem. E um país no qual este tipo de espectáculos é legal também não é certamente um país a sério.
quarta-feira, 17 de julho de 2019
quinta-feira, 4 de julho de 2019
Protesto contra a tauromaquia em Tomar
Protesto Anti-Touradas
Sexta-feira, 5 de julho de 2019
às 21:00
Praça de Touros José Salvador
R. de Coimbra, 2300 Tomar
Primeira Manifestação Anti-Tourada - Tomar, 5 de Julho. Queremos lutar contra o financiamento público das touradas e contra a tortura! Contamos contigo! Aproveita esta oportunidade para expressares o que sentes. Vamos lutar por quem não tem voz, por eles, por nós!
Movimento Anti-Tourada Tomar.
https://www.facebook.com/MovimentoAntiTouradaTomar/
Fonte: Facebook
domingo, 2 de junho de 2019
sexta-feira, 31 de maio de 2019
Proteste contra dinheiro público para apoiar touradas em Santarém
A Câmara de Santarém vai disponibilizar gratuitamente 400 bilhetes para cada uma das duas touradas que se vão realizar durante a Feira Nacional da Agricultura. Proteste enviando o texto abaixo ou outro personalizado à Câmara Municipal de Santarém. Use os seguintes contactos:
geral@cm-santarem.pt, am.santarem@gmail.com
c/c: matportugal@gmail.com
Exmo. Senhor Presidente da Câmara Municipal de Santarém
Através da comunicação social tomámos conhecimento de que a Vossa autarquia vai apoiar a realização de duas touradas a realizar nos próximos dias 10 e 16 de junho, através da oferta de 800 bilhetes.
Atendendo a que:
1- As touradas são uma das expressões de uma cultura de insensibilidade e de violência que degrada quem as pratica e promove e que corrompe o prestígio do país e dos portugueses no estrangeiro, prejudicando o turismo de qualidade, pois muitas pessoas não estão dispostas a visitar um país onde tal barbaridade é permitida.
2- É conhecimento geral que ao fazer do sofrimento de um animal um meio de diversão, o Ser Humano está a propagar e banalizar a violência gratuita como forma de ser e estar na sociedade. Uma sociedade mais respeitadora, justa e pacífica constrói-se em grande medida na abolição de práticas de “divertimento” que se baseiam no abuso de animais.
Vimos manifestar o nosso repúdio pelo facto da autarquia presidida por V- Exª estar a apoiar uma atividade de extrema crueldade e abominável.
(Nome)
segunda-feira, 20 de maio de 2019
quinta-feira, 9 de maio de 2019
quarta-feira, 27 de março de 2019
Acção de Protesto - Câmara Municipal de Santarém
BILHETES PAGOS POR TODOS NÓS
A Câmara de Santarém vai gastar 20 mil euros este ano em bilhetes para oferecer (fonte: https://goo.gl/bv45io).
Não admira que seja a "praça mais barata do país". A Câmara Municipal comprou parte dos bilhetes para a tourada com o dinheiro dos contribuintes portugueses. Por isso É MUITO IMPORTANTE mostrar à Câmara que há muitos cidadãos que não concordam com esta medida e que não queremos que o NOSSO DINHEIRO seja usado para manter esta crueldade e violência com os animais.
É MUITO IMPORTANTE mostrar à Câmara que há muitos cidadãos que não concordam com o uso de fundos públicos para manter as touradas na cidade.
Escreva à Câmara de Santarém, na sua página:
www.facebook.com/CamaraMunicipaldeSantarem
ou utilizando este email:
geral@cm-santarem.pt
--- Mensagem sugerida ----
Exmos. Senhores,
Manifesto a minha profunda indignação pela decisão da Câmara Municipal de Santarém em prosseguir com a compra de milhares de bilhetes para touradas numa tentativa de cativar público para um espetáculo violento e cruel para milhares de animais, e cada vez mais contestado na nossa sociedade.
Sugiro que Santarém siga os exemplos recentes de Póvoa de Varzim e Viana do Castelo, e em parceria com a Santa Casa, reconverta a praça de touros num espaço de cultura e desporto que possa ser utilizado por todos, sem crueldade com os animais. Não aceito que o meu dinheiro seja utilizado desta forma, para perpetuar práticas que não respeitam os valores do nosso tempo.
Com os melhores cumprimentos,
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Plataforma Basta
www.basta.pt
segunda-feira, 25 de março de 2019
quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019
Escreva contra a garraiada na Trofa
Na próxima sexta-feira está prevista uma garraiada na Trofa, organizada pela Junta de Freguesia de Bougado e apoiada pela Câmara Municipal. Solicita-se o envio de um email de repúdio, por exemplo:
Destinatários:
geral@jfbougado-trofa.pt; geral@mun-trofa.pt; sergio.humberto@mun-trofa.pt
Título:
Repúdio garraiada
Ex.mo Sr. Presidente da Junta Luís Paulo Sousa,
Ex.mo Sr. Presidente da Câmara Municipal Sérgio Humberto,
Venho por este meio manifestar o meu total repúdio pela realização da garraiada que terá lugar na próxima sexta-feira (ainda por cima naquele que supostamente seria o dia dedicado às crianças).
O modo como tratamos os animais e como os perspetivamos denota o nosso grau de evolução. Este tipo de eventos em nada dignifica um concelho como a Trofa, nem o norte do país.
É também lamentável que este seja organizado e pago também com dinheiros públicos.
Melhores cumprimentos
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quarta-feira, 30 de janeiro de 2019
Menos touradas, menos público
Fizemos as contas aos últimos 10 anos e o resultado não deixa dúvidas. Portugal está a mudar e a nossa sociedade avança para a abolição das touradas.
Em 10 anos as touradas perderam metade do público e em 2018 atingiram o recorde mínimo de eventos realizados.
A plataforma Basta salienta que o número de espectadores é bastante inferior ao que é divulgado pela Inspecção Geral das Actividades Culturais (IGAC), uma vez que o número de pessoas que assistem a touradas, é determinado por estimativa do Director de Corrida, que preside ao evento.
A Basta estima que o número real de espectadores seja cerca de 50% do apresentado pela IGAC.
Plataforma Basta de Touradas
https://www.facebook.com/Basta.pt/photos/a.472890756075069/2259082557455871/?type=3&theater
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