“Embora haja muitas pequenas e
fáceis ações que possamos realizar para ajudar os animais, duas coisas que já
não são aceitáveis são a inação e a indiferença. Atingimos o ponto em que já
chega, ou na verdade, em que o que já chega é demasiado - causamos muitíssimo sofrimento
e dor desnecessários no mundo. Existem canários em minas de carvão por todo o
mundo a dizerem-nos que há algo de profundamente errado.
O laureado Nobel e pacifista Elie
Wiesel encoraja-nos: «Tomem partido. A neutralidade ajuda o opressor, nunca a
vítima. O silêncio encoraja o torturador, nunca o torturado.» O silêncio é
mortal para os animais. Há um sentido de urgência – o tempo não está a nosso
favor. A indiferença sai muito cara. Temos de agir agora com compaixão e amor
por este magnífico mundo.
Naturalmente, não deveremos
deixar que a raiva nos guie. Temos de nos manter ativistas com compaixão,
constantemente. É isso que nos dá verdadeiro impacto para influenciar os
outros, mas também nos ajuda a nós mesmos. Sermos bondosos faz-nos sentir bem;
é uma experiência profunda, e mesmo espiritual, espalhar a compaixão, a bondade
e o amor. E também é contagioso. Temos de ser bondosos e simpáticos e
cooperarmos uns com os outros, para podermos definir e trabalhar com objetivos
comuns, mesmo quando discordarmos a respeito da via exata. Nunca poderemos ser
demasiado bondosos, nem ninguém é perfeito. A humildade e a via para avançar é
reconhecermos as nossas próprias imperfeições, mesmo quando procuramos a
mudança nas ações dos outros. Devemos questionar a ação de uma pessoa e não
atacarmos as pessoas em si.