«Divertimentos bárbaros, impróprios de nações civilizadas, que servem unicamente para habituar os homens ao crime e à ferocidade» Passos Manuel, 1836.
quarta-feira, 28 de junho de 2017
Escreva a Intermarché e Riberalves por evento tauromáquico ilegal
ACÇÃO URGENTE
ESCREVA AO "INTERMARCHÉ" E À "RIBERALVES"
As marcas "Intermarché" e "Riberalves" surgiram associadas a um evento tauromáquico realizado ilegalmente na praça de touros da Moita no passado dia 4 de junho.
O evento em causa, designado Moita solidária - Vamos ajudar a Catarina" destinava-se a recolher fundos para uma acção de solidariedade e incluiu "demonstrações de toureio" e uma "demonstração de pegas" com lide de animais e a participação de crianças da "escola de toureio da Moita", sem o licenciamento da Inspeção Geral das Atividades Culturais, conforme determina a legislação.
Neste sentido, e entendendo que a solidariedade pode ser praticada sem maltratar animais e sem colocar em risco a saúde e a integridade física das crianças, solicitamos que questione estas duas empresas acerca do seu apoio às touradas em Portugal.
Envie já o seu email para:
apoioconsumidorportugal@mousquetaires.com, riberalves@riberalves.pt
Mensagem sugerida:
Exmos. Senhores,
A solidariedade pode ser praticada sem maltratar animais, sem colocar em risco a saúde e a integridade física das crianças e sem violar a legislação em vigor.
Tendo tomado conhecimento do apoio da vossa prestigiada empresa a um evento de caráter solidário realizado na praça de touros da Moita, que incluiu um espectáculo tauromáquico com lide de animais (demonstração de toureio e de pegas), e a participação de alunos da "escola de toureio da Moita", sem o necessário licenciamento da IGAC, e tendo em conta os valores de responsabilidade social da vossa prestigiada empresa, estranho o vosso envolvimento e apoio a eventos tauromáquicos, pelo que solicito o seguinte esclarecimento:
É intenção da vossa empresa continuar a apoiar a realização de eventos tauromáquicos em Portugal?
Com os melhores cumprimentos,
(Nome)
Plataforma Basta
http://basta.pt/
terça-feira, 27 de junho de 2017
Santa Maria da Feira declara-se município livre de touradas
A Assembleia Municipal de Santa Maria da Feira aprovou por unanimidade, na segunda-feira 27 de junho de 2017, uma moção do BE que declara o concelho um “município livre de touradas”. Texto da moção:
Santa Maria da Feira, município livre de touradas
A tourada é um ato bárbaro e cruel, de extrema violência sobre o animal, provocando-lhe sofrimento inimaginável, ferimentos graves e posterior morte. A promoção do sofrimento animal como forma de entretenimento é inadmissível numa sociedade que se quer moderna e que queira pertencer ao séc. XXI.
A recente tentativa de se realizar tourada em Lourosa, surpreende por ser contrária a tudo o que deve ser cultura e entretenimento e por estar completamente em contraciclo com a evolução social e cultural exigida para o nosso século. Numa altura em que vários países ou regiões estão a abolir este ato de puro sadismo –não podemos permitir que em Portugal, e em particular no concelho de Santa Maria da Feira, a violência vire cultura.
O concelho tem que ser firme e declarar-se município livre de touradas, para dar a mensagem clara que em Santa Maria da Feira não será permitida a realização de touradas ou de outros eventos que vivam e explorem a violência e o sofrimento animal.
Este é o momento de escolher a cultura contra a violência, o entretenimento contra o sofrimento. Por isso entendemos que a realização de espetáculos com animais que impliquem o seu sofrimento físico ou psíquico não pode ser alvo de apoio institucional, ou seja, que nenhum recurso ou apoio público pode contribuir para este tipo de práticas.
A Assembleia Municipal de Santa Maria da Feira, reunida no dia 26 de junho de 2017 delibera:
Declarar o município de Santa Maria da Feira como um município livre de touradas.
Fonte: ver aqui.
quinta-feira, 22 de junho de 2017
Assine a petição: Não às touradas para crianças nos Açores
Para: Presidente do Governo Regional dos Açores, Comissão Nacional de Proteção das Crianças e Jovens em Risco, Instituto de Apoio à Criança, Comité Português para a UNICEF, Office of the High Commissioner for Human Rights, Committee on the Rights of the Child (CRC), Cogrupo sobre os Direitos das Crianças da Amnistia Internacional Portugal.
Ex.mas/os Senhoras/es,
Considerando que práticas tauromáquicas são uma expressão de insensibilidade e violência que deseduca e em nada dignifica a humanidade, sendo que estudos recentes comprovam que crianças e adultos que assistam a práticas tauromáquicas desenvolvem tendências de agressividade e violência;
Considerando que a presença de crianças e adolescentes como participantes ou simples assistentes em touradas contraria a recomendação, de 2014, do Comité dos Direitos da Criança da ONU, que pede para afastar as crianças da tauromaquia e que, entre outras medidas, recomenda também a promoção de campanhas de informação sobre “a violência física e mental associada à tauromaquia e ao seu impacto nas crianças”;
Considerando o contexto socioeconómico do país e região, que através do desinvestimento na educação, no apoio social, na saúde, no emprego e salários, nos transportes, na habitação, numa cultura educativa, têm contribuindo para a degradação da qualidade de vida das populações, sendo muitas as famílias e pessoas que perderam emprego e apoios sociais e que têm dificuldades em cumprirem o pagamento de todas as suas despesas destinadas à sua sobrevivência com dignidade;
Considerando que a Câmara Municipal de Angra do Heroísmo apoia com 100 mil euros a Feira Taurina integrada nas Sanjoaninas que inclui no seu programa no dia 26 de junho uma espera de gado para crianças e no dia 28 um espetáculo para crianças e idosos.
Ao mesmo tempo que repudiamos o esbanjamento de dinheiros públicos e o desrespeito pelos direitos das crianças, solicitamos que sejam tomadas medidas para que espetáculos violentos, onde se abusa e torturas animais, não voltem a se repetir.
ASSINE AQUI:
https://www.change.org/p/presidente-do-governo-regional-dos-a%C3%A7ores-n%C3%A3o-%C3%A0s-touradas-para-crian%C3%A7as-n%C3%A3o-aos-apoios-p%C3%BAblicos-para-a-tauromaquia
Benavente: Enviem o seu protesto
A ANIMAL tomou conhecimento de dois eventos programados para acontecerem muito em breve em Benavente e já procedeu ao envio de um ofício às autoridades competentes.
Pedimos a todas/os vós para que enviem as vossas mensagens
Para:
ct.str.dcch.pbnv@gnr.pt; carlos.coutinho@cm-benavente.pt;cmb@cm-benavente.pt
Com CC a:
info@animal.org.pt
Poderão ainda ligar para: Posto Territorial da GNR de Benavente 263 518 220, CM Benavente 263 519 600
Mensagem sugerida:
Exmo. Senhor Presidente da Câmara Municipal de Benavente,
Exmo. Senhor Comandante do Posto Territorial de Benavente da Guarda Nacional Republicana:
Excelências,
Acabo de tomar conhecimento de que estão previstos os seguintes eventos: uma “Picaria de Touros/Picaria à Vara Larga” no próximo dia 24 de Junho, pelas 12h00m, e um espectáculo de “Touros de Fogo”, para o dia 22 de Junho pelas 00h30m, que acontecerão no âmbito da “Festa da Amizade”. É com extrema preocupação que constato que estas duas práticas estão anunciadas, porquanto:
1. As “picarias” são eventos tauromáquicos que não fazem parte da tradição tauromáquica portuguesa – tanto que não estão sequer consideradas no Regulamento de Espectáculos Tauromáquicos – e que consistem na utilização de varas para picar os animais usados nestes eventos, supostamente a fim de se poder aferir a “bravura” destes. Em termos de prática tauromáquica, equipara-se à sorte de varas, no sentido em que consiste na utilização de uma vara do mesmo tipo das que são usadas na sorte de varas, provocando aos animais um sofrimento tão grande quanto aquele que lhes é infligido na sorte de varas.
2. Ora, porque a sorte de varas é uma prática proibida pelo artigo 3.º, 3, da Lei n.º 92/95, de 12 de Setembro, com a redacção actualizada pela Lei n.º 19/2002, de 31 de Julho, as “picarias”, por se equipararem a esta prática, estão, por implicação, igualmente proibidas. É um facto que a referida proibição contempla excepções para aquilo que determina, mas, tal como no disposto no artigo 3.º, 4, as excepções só são válidas para os casos em que “sejam de atender tradições locais que se tenham mantido de forma ininterrupta, pelo menos, nos 50 anos anteriores à entrada em vigor” do diploma em causa, o que não é o caso desta “picaria” programada para Benavente (além de que, segundo o mesmo diploma, é a Inspecção Geral das Actividades Culturais que detém “competência exclusiva” para autorizar as excepções, quando preenchidos os requisitos legais para tal). Logo, este evento anunciado para Benavente não deve ser permitido, pois, a acontecer, infringirá a referida disposição legal.
3. Os “Touros de Fogo” são festas tauromáquicas próprias apenas de algumas localidades espanholas, nomeadamente Valencia, nas quais os touros são presos pelos cornos a postes, sendo-lhes colocados, através de hastes, bolas de alcatrão ou pez, às quais, como material inflamável que são, é pegado fogo. Os touros são depois soltos dos postes, ficando com os cornos a arder durante o período habitual de uma hora – tempo que estas festas costumam durar. Segundo testemunhos de médicos veterinários e especialistas em comportamento animal, o sofrimento físico que os touros experienciam quando os seus cornos ficam a arder é muito grande, quer porque os cornos dos touros são muito sensíveis, quer ainda porque os touros acabam por ficar com os olhos, focinho, boca e língua gravemente queimados, entre outras partes do corpo. A isto acresce o sofrimento psíquico que resulta de estarem nestas circunstâncias, querendo libertar-se do fogo que arde nos seus cornos e não sendo capazes de o fazer.
Mais informo V. Exas. de que, no seguimento de uma providência cautelar requerida pela Associação ANIMAL em 2006 a propósito de um evento de “touros de fogo”, o mesmo foi impedido por ordem de um Juiz do Tribunal de Santarém.
Esta mensagem dirige-se a V. Exas., apelando à V. intervenção, impedindo tais actos,
Agradecendo antecipadamente pela atenção que, confio, V. Exas. atribuirão a esta missiva e com a certeza de que intervirão nos termos da lei, despeço-me com os melhores cumprimentos,
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