Sorte de Varas e Touradas de Morte nos Açores
Em 1998 foi apresentada, em Plenário do Governo Regional dos Açores, uma proposta legislativa através da qual se pretendia que nos Açores fossem introduzidas touradas de morte. Na altura, os Amigos dos Açores – Associação Ecológica organizaram uma campanha internacional que culminou com a apresentação de uma petição ao Parlamento Europeu.A intenção não avançou, tendo o Presidente do Governo Regional dos Açores comunicado ao Director do Eurogroup for Animal Welfare que a legislação não avançaria devido às "reacções negativas da opinião pública".
Em 1998 foi apresentada, em Plenário do Governo Regional dos Açores, uma proposta legislativa através da qual se pretendia que nos Açores fossem introduzidas touradas de morte. Na altura, os Amigos dos Açores – Associação Ecológica organizaram uma campanha internacional que culminou com a apresentação de uma petição ao Parlamento Europeu.A intenção não avançou, tendo o Presidente do Governo Regional dos Açores comunicado ao Director do Eurogroup for Animal Welfare que a legislação não avançaria devido às "reacções negativas da opinião pública".
A 21 de Outubro de 1995, na ilha Terceira, realizou-se uma tourada à espanhola numa quinta particular, onde foram toureados e mortos dois touros. Na ocasião, tal acto foi contestado por várias pessoas singulares e colectivas, como os Amigos dos Açores – Associação Ecológica, algumas sociedades protectoras de animais e pelo Partido "Os Verdes", na Assembleia da República.
A 18 de Outubro de 2002, a sorte de varas viria a ser aprovada na Assembleia Regional dos Açores por larga maioria multipartidária. Esta legislação viria a ser entretanto "chumbada" pelo Ministro da República, já que não se revestia de interesse específico regional, de acordo com o Estatuto Político-Administrativo vigente. Nessa altura, os Amigos dos Açores – Associação Ecológica manifestaram-se contra aquele tipo de touradas já que, para além da barbaridade e da violência que promovem, nada têm a ver com a tradição regional.
Após a aprovação do novo Estatuto Político-Administrativo dos Açores, em 2009, os "espectáculos e os divertimentos públicos na Região, incluindo touradas e tradições tauromáquicas nas suas diversas manifestações" são considerados "matérias de cultura e comunicação social", as quais compete à Assembleia Legislativa Regional dos Açores legislar (Artigo 63º da Lei n.º 2/2009, de 12 de Janeiro), começaram-se a sentir pressões de adeptos destas práticas de tortura animal para que se legislasse no sentido da regulamentação dos touros de morte e das corridas picadas.
Há cerca de duas semanas um deputado regional avançou com uma iniciativa no sentido de se regulamentar a sorte de varas nos Açores, promovendo inclusive uma tourada ilegal.
Anteriormente a esta proposta, foi criados vários movimentos cívicos de pessoas e associações que realizaram um abaixo assinado, uma petição e uma queixa à UNESCO, entre outras acções.
Numa época em que o desenvolvimento civilizacional leva a que municípios com antigas tradições taurinas se declarem livres de touradas, como o caso de Viana do Castelo, que o Parlamento Europeu possua um intergrupo para o bem-estar animal (que já foi presidido pelo eurodeputado açoriano Paulo Casaca), entendemos que a possibilidade agora discutida nos Açores para regulamentação de práticas taurinas de extrema violência, que não possuem qualquer sustento tradicional, representam um retrocesso civilizacional profundo.
É um grande paradoxo uma região que se tenta afirmar no contexto turístico internacional pela sua qualidade ambiental, passar a promover este tipo de tortura animal ainda para mais numa cidade património mundial da UNESCO, entidade que em 1978 proclamou a Declaração Universal dos Direitos dos Animais.
Após a aprovação do novo Estatuto Político-Administrativo dos Açores, em 2009, os "espectáculos e os divertimentos públicos na Região, incluindo touradas e tradições tauromáquicas nas suas diversas manifestações" são considerados "matérias de cultura e comunicação social", as quais compete à Assembleia Legislativa Regional dos Açores legislar (Artigo 63º da Lei n.º 2/2009, de 12 de Janeiro), começaram-se a sentir pressões de adeptos destas práticas de tortura animal para que se legislasse no sentido da regulamentação dos touros de morte e das corridas picadas.
Há cerca de duas semanas um deputado regional avançou com uma iniciativa no sentido de se regulamentar a sorte de varas nos Açores, promovendo inclusive uma tourada ilegal.
Anteriormente a esta proposta, foi criados vários movimentos cívicos de pessoas e associações que realizaram um abaixo assinado, uma petição e uma queixa à UNESCO, entre outras acções.
Numa época em que o desenvolvimento civilizacional leva a que municípios com antigas tradições taurinas se declarem livres de touradas, como o caso de Viana do Castelo, que o Parlamento Europeu possua um intergrupo para o bem-estar animal (que já foi presidido pelo eurodeputado açoriano Paulo Casaca), entendemos que a possibilidade agora discutida nos Açores para regulamentação de práticas taurinas de extrema violência, que não possuem qualquer sustento tradicional, representam um retrocesso civilizacional profundo.
É um grande paradoxo uma região que se tenta afirmar no contexto turístico internacional pela sua qualidade ambiental, passar a promover este tipo de tortura animal ainda para mais numa cidade património mundial da UNESCO, entidade que em 1978 proclamou a Declaração Universal dos Direitos dos Animais.
Texto:
Associação Amigos dos Açores